terça-feira, 29 de julho de 2008

O outro lado do rigor da Lei

Tenho visto com bons olhos a oportuna Lei Seca e intensa fiscalização da Justiça Eleitoral para combater o crime organizado que atua na política para comprar votos. O lamentável é que nesse mundo de homens que se dizem modernos haja a necessidade do endurecimento das leis para tentar vivermos mais sociavelmente, sem mortes e urubus de gravatas comprando votos e a consciência do povo já tão calejado.

Em relação à Lei Seca temos visto que os acidentes nas rodovias caíram pela metade em todo o País, no que é muito bom. Vidas são economizadas. Mas surgiu um problema: as pessoas que não ingerem bebida alcoólica alguma reclamam que estão encontrando muitas pessoas bêbadas a pé pelas rodovias dos grandes centros. Durma-se com um barulho desses. Agora vão ter que criar um serviço só para atender os 'bebuns' de plantão...

Outro mecanismo que merece aplauso é a fiscalização da Justiça Eleitoral para conter a compra de votos. Graças ao trabalho de juízes e promotores, muitos políticos (peixes pequenos e grandes) estão sendo enquadrados em Leis consideradas nada flexíveis, como a que resultou na cassação dupla do nosso Governador Cássio em crimes que foram comprovados por um Tribunal legítimo.

Mas a rigidez da Lei Eleitoral tem sido usada pelos maus políticos; estão plantando armadilhas na seara de políticos honestos, forjando provas, criando testemunhas falsas para arranhar a imagem de homens e mulheres que apenas querem o bem comum das pessoas.

Obviamente que os denunciados terão direito à defesa, mas até que provem que são inocentes, encontrarão muita dificuldade pela frente, e seguindo aquele velho adágio, a primeira impressão é que a fica mesmo. Uma vez sendo objeto do desejo da mídia, dificilmente conseguirão mostrar à opinião pública inconsciente que nada têm a ver com os crimes que lhe foram imputados.

Os exemplos se seguem por todo o Brasil. Aqui na Paraíba mão poderia ser diferente. Em João Pessoa, a oposição ao prefeito Ricardo Coutinho, só porque é ano eleitoral, já chamaram o "mago" de tudo: ladrão, mentiroso, demagogo e que ele compra votos. Em Campina Grande, o prefeito Veneziano foi incluído como líder de uma quadrilha que levou pouco mais de R$ 40 mil dos cofres municipais. O prefeito apresentou provas e garante que é inocente. Duas Comissões que corriam contra o 'cabeludo', inclusive, foram abortadas, uma pela própria Câmara e a outra pela Justiça.

Não sou contras as leis, mas é pertinente que as pessoas que comandam a Justiça Eleitoral fiquem de olhos bem abertos diante das mentiras, do falso testemunho, bem como das armações que estão tramando contra os bons políticos. Os que vivem eternamente da política como meio de vida são capazes de tudo, a ponto de subornarem o capeta para se passar por santo e ludibriar os que têm a seriedade como norte de vida.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Inconveniência eclesiástica

Foi na despedida do padre Everaldo Galheira (foto), no final de semana passado, na missa celebrada na Igreja da Santíssima Trindade, no bairro do Catolé. Candidato a prefeito de Campina Grande chegou ao final da celebração e foi apresentado ao pároco pelo assessor inconveniente: "queria lhe apresentar o prefeito de Campina Grande". A apresentação em momento indesejável, conforme me revelou fonte insuspeita, causou um constrangimento daqueles e foi vista por dezenas de pessoas que lotaram a Igreja.

Pelo que soube, o padre Everaldo recebeu diversas manifestações de solidariedade. Num deles, publicamente, uma professora universitária teria dito que a comunidade estava cansada de perder bons padres; "toda vez que a gente se acostuma com um padre que tem profunda relação com a comunidade ele é afastado pra bem longe", teria dito a docente muito conhecida no seio acadêmico e ativa participante dos movimentos religiosos locais.

Aliás, a transferência do querido padre Everaldo para São Paulo, sua terra natal, tem sido motivo de comentários dos mais diversos. A Diocese local tem lamentado as especulações de que a saída do padre da cidade tenha outras motivações.

Só para matar a curiosidade dos leitores. O candidato a prefeito que esteve na missa de despedida do padre Everaldo não é prefeito de Campina Grande.

Deputado sem título eleitoral?

O juiz Rui Jander, da 3ª Vara da Fazenda Pública, que dissolveu a Comissão Processante da Câmara Municipal, fez o seguinte relato na sua decisão sobre a denúncia feita pelo presidente da Assembléia Legislativa da Paraíba contra o prefeito Veneziano: "Ilegitimidade para a proposição da denúncia, em virtude da ausência de capacidade, interesse e legitimidade do denunciante, por não provar a sua qualidade de eleitor do Município de Campina Grande". Mais à frente, o magistrado revela a qualidade da peça judicial impetrada contra o prefeito: "Aliás, em sua qualificação (do presidente da Assembléia) dada na oportunidade, sequer consta o número do seu título de eleitor". Esse detalhe foi preponderante para a rejeição da denúncia contra Veneziano, considerando, no entendimento do juiz "a prova da qualidade de eleitor do Município é requisito essencial para o recebimento da denúncia". A pergunta que se faz, o deputado é ou não eleitor na cidade?

O Rei das Maquetes

Alguém precisa apresentar o Governador Cássio ao pessoal do Casseta & Planeta. Os projetos virtuais do nosso Governador ao longo da sua vida pública dariam ótimo mote para as tiradas do Casseta. São tantas as maquetes que fica difícil relacioná-las: Centro Gregário, Shopping Garagem, Centro Administrativo, Escadarias do Jeremias, Mercado Central e o mais recente, o Museu Pandeiros, projetado por Oscar Neimeyer.

Letargia

A tímida campanha do candidato a prefeito Rômulo Gouveia pelo PSDB tem suscitado comentários variados na cidade. Dizem que é por ausência de dinheiro, estratégia dos marqueteiros e até falam da falta de empolgação da militância que estaria insatisfeita com os números das últimas pesquisas eleitorais.

Enquanto isso...

O outro candidato, Veneziano Vital do Rêgo, já iniciou a campanha de rua há mais de uma semana. Na de Rômulo, nem carros de som circulam pela cidade. O que estaria acontecendo? Respostas podem ser enviadas ao blog pela assessoria do candidato.

De chicleteiro (a) a traíra

Na briga por uma das 16 vagas da Câmara Municipal de Campina Grande tem candidato para todos os gostos. Tem aquele que não quer "colar" de jeito nenhum com candidato a prefeito por ter parentesco com peixe conhecido por traíra; tem também aquele que esqueceu a candidatura e ficou preso a Comissão que não processa nada; e tem um outro (a) que vai doar chicletes para os eleitores, uma vez que não conseguiu mastigá-los em Plenário – não houve quorum para tal.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O mapa da corrupção

O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal anunciaram que vão traçar o mapa da corrupção eleitoral na Paraíba para coibir aliciamento de eleitores nas disputas municipais deste ano. A informação foi divulgada pelo procurador regional eleitoral, José Guilherme Ferraz.

Em Campina Grande será muito fácil fiscalizar os passos da corrupção eleitoral. E eu dou uma dica: já cobri na condição de jornalista algumas eleições e sei muito bem como funciona a senhora corrupção eleitoral.

Ela está arraigada diariamente em gabinetes com ar-condicionado, tidos como órgãos sérios; o eleitor encontra de tudo um pouco nesses gabinetes: dinheiro vivo, cheque, cimento, óculos, remédios, ordens para “renovações de taxas”, dentre outros mimos.

E não precisa ir muito longe para encontrar essa tal de corrupção eleitoral não. Ela não age às escondidas. Está a todo instante se movimentando muito bem em plena luz do dia, sem medo de ser feliz.

Nem precisa contratar Sherlock Holmes para achá-la. A senhora corrupção eleitoral tem nome sim. Veste-se muito bem; anda de carro oficial, pousa de boa moça e jura que tem amor por Campina. Amor de fachada é claro.

Antes que eu me esqueça, a corrupção eleitoral costuma se fazer de vítima – usa meios de comunicação a serviço para dizer que vai dar um tempo e jurar que em época de campanha política respeita o bem público. Tudo mentira!

Para os senhores do Ministério Público e da Polícia Federal fica mais uma dica; um delegado da Polícia Federal campinense, na campanha de 2006, foi afastado das funções porque disse na imprensa que a atenção da PF tinha que ser redobrada porque a cidade era curral eleitoral de terminado candidato à época e vocês sabem muito bem de quem estou falando. E nessa campanha, esse mesmo rapaz vai estar em Campina, certamente com as intenções sabidas de todos nós e que merece a vigilância das autoridades constituídas. Ele é capaz de comprar o voto até do capeta para ganhar essa eleição.

No mais, dizer que o mapa da corrupção eleitoral em Campina Grande já é de conhecimento público. Está muito presente em consultórios médicos ligados a determinadas figuras políticas; acompanha geralmente lideranças comunitárias nas peregrinações pelos bairros; em emissoras de rádio utilizadas para este fim; em ditos escritórios; agirá na véspera da eleição, em residências até bem próximas de unidades militares; dizem que a dinheirama a ser espalhada pela pelas ruas da cidade vai ser a Maior do Mundo e que pode até ser jogada de helicóptero na calada da noite. Vocês duvidam? Eu não, até porque dinheiro já voou pela janela de edifício em João Pessoa um dia antes da eleição de 2006. Vocês se lembram disso?

Caso queiram encontrar mesmo a dita cuja corrupção eleitoral de frente vou dar mais uma dica: Campina Grande tem apenas dois grupos que brigam pelo status quo eleitoral – um deles conhece muito o mapa dessa infeliz praga, até porque foi vítima recente dessa ação danosa ao bom equilíbrio da democracia.

É bom demais...
Ninguém nada disse a respeito, mas me sinto na obrigação de comentar a recente viagem do Governador Cássio ao Rio de Janeiro. A imprensa divulgou que Cássio teve encontro com o ex-Senador Ney Suassuna para discutir política partidária. Um dia antes, pelo que soube, assistiu a partida de futebol entre Fluminense e LDU. A pergunta que se faz – a viagem foi patrocinada pelo Governo do Estado ou com recursos próprios do bolso do nosso Governador?

Sorte danada
No último sorteio dos prêmios do IPTU 2008, o empresário do ramo de combustível, Roberto Cunha Lima ganhou uma TV de Plasma da Prefeitura de Campina Grande. Roberto é tio do Governador Cássio Cunha Lima. Ele pagou a quota única do imposto antecipadamemte e ficou apto ao sorteio. Pois é, a água só corre para o mar mesmo...

Rádio Clube
A Rádio Borborema já está sendo chamada de Clube, por orientação dos Associados. Fica a pergunta: qualquer pessoa ou grupo poderá registrar o nome de Rádio Borborema e faturar com isso?

Na rua
Os jornalistas Apolinário Pimentel e Antônio Ribeiro cumprem Aviso Prévio e deixam o jornal Diário da Borborema no final deste mês. Ninguém fala no assunto na redação do DB, mas contam histórias estranhas sobre as demissões. Algo a ser investigado pela Associação Campinense de Imprensa.

A piada da semana eu escolho essa:
‘Não vou parar o governo para fazer campanha’, diz Cássio