segunda-feira, 22 de junho de 2009

O diploma no lixo

Vou dedicar a coluna de hoje ao drama que está sendo vivido por milhares de profissionais de imprensa brasileiros por conta da decisão estapafúrdia do STF que derrubou a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista.

Entrei por acaso no jornalismo. Foi em 1985, no Jornal da Paraíba. Fui contratado, na verdade, para ser desenhista, já que tinha habilidades para essa finalidade.

Também gostava muito de escrever. Sempre tirei excelentes notas em Português. No quesito redação sempre me destacava entre os alunos. Certa vez, quando cursava o primeiro científico, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, uma professora não acreditou em meu texto. Achava que tinha sido copiado de algum livro.

Na redação do JP fui chamado pelo amigo Gonzaga Maciel para fazer um teste de redação. Maciel gostou do texto e, com o passar do tempo, acabei conquistando a vaga de jornalista.

Claro que criei alguns dissabores. Os jornalistas ali presentes tinham passado pela Faculdade de Comunicação Social da UEPB. Eu estava para fazer Vestibular para Direito no ano seguinte. Comunicação seria a segunda opção.

Fui aprovado e fiz Direito, na UEPB, até o quarto período. Enquanto me dedicava à universidade, minha paixão pelo jornalismo aumentava. Enquanto isso, o Sindicato dos Jornalistas, na época dirigido por Land Seixas, pressionava o jornal para que fosse demitido.

E foi justamente após o quarto período que resolvi cursar Comunicação Social na UEPB, deixando para trás o sonho do meu pai (o advogado e poeta Apolônio Cardoso), de ver o filho advogado.

Inicialmente achava que o curso não iria me acrescentar muita coisa, uma vez que aprendi as técnicas jornalísticas na ‘universidade da vida’. Fui aluno de mestres da TV, do jornal e do rádio local. Aprendi muito e tenho a convicção que a universidade é uma etapa preponderante para uma boa formação profissional. Enfim, a universidade foi muito importante na minha formação profissional.

Terrível foi mesmo ler a sustentação do presidente do STF, Gilmar Mendes, ao referir-se sobre a profissão de jornalista. Disse que a exigência do diploma não está autorizada pela Constituição. Para ele, o fato de um jornalista ser graduado não significa mais qualidade aos profissionais da área.

Que absurdo! E o mais lamentável é um Tribunal decidir por um País de dimensões continentais como o nosso. As ações foram impetradas pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal (MPF), que pedia a extinção da obrigatoriedade do diploma.

O assunto merece, obviamente, maiores reflexões e vem sendo exaustivamente debatido por diversos segmentos, notadamente pela comunidade acadêmica. Necessário se faz que todos, de Norte a Sul, se irmanem nessa discussão e encontremos os verdadeiros motivos que levaram o STF a tomar essa decisão. Volto ao tema.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Rosas negras

Hoje prefiro distanciar-me das nossas querelas políticas e abordar um tema que aflige a humanidade há muitos anos: o fim do mundo. É que na madrugada de terça-feira (16) tive um sonho esquisito. Talvez um recado? Não sei.

Sonhei que um avião, tipo daqueles que vemos na guerra, jogava rosas negras sobre uma cidade que não recordo o nome. Só sei que eu estava lá e isso me deixou muito preocupado.

Ainda em sonho, testemunhei a correria das pessoas de um lado para outro. Todos procuravam seus parentes para viver os últimos instantes. Naquele instante, corri feito louco para estar ao lado das minhas duas filhas – meus grandes amores.

O sonho parou por aí, mas ao acordar, senti uma grande angústia porque vejo que meu sonho é mesmo uma realidade nos dias atuais. As rosas negras do sonho refletem muito bem a intolerância dos tempos considerados modernos.

E como estamos intolerantes caros amigos. Tudo é motivo para discórdia. Em Jerusalém - A Terra não mais Santa, judeus, cristãos e islâmicos não se entendem. No Iraque, a guerra mata dezenas diariamente. E no mundo inteiro povos se conflitam, enquanto civis nada afeitos à guerra, pagam com suas humildes vidas.

Aqui no Brasil, a TV mostra rotineiramente jovens entre 18 a 25 anos de idade trucidados por causa do tráfico de drogas. Claro que existem outras formas de intolerância. Na última Parada Gay, em São Paulo, um rapaz foi esmurrado quase até a morte. No mundo de hoje se mata um ser humano a todo instante e ninguém se assusta mais. Está virando algo banal. Terrível!

Compreendo que todos esses desencontros passam pela intolerância política dos que estão no poder. A velha sede de poder está mesmo destruindo o homem. Espero que ainda tenhamos tempo para refletir sobre nossos atos. Pensemos nas nossas crianças, nas aves que voam alegres entre as árvores, na poesia de Castro Alves, na delícia do amor e nos dias que Deus nos dá de graça.

Quero rosas vermelhas nos jardins, o raiar do dia ao lado de um grande amor; o vento batendo gostoso nas praias de João Pessoa; alegrar-me com o sorriso das minhas filhas, meu pai e minha mãe presentes a todo instante; meus amigos dando-me estímulo para a vida; continuar a receber e-mails de pessoas que não têm amor próprio (essas eu desprezo e entrego suas queixas ao julgamento divino). Enquanto temos um mundo cheio de vida, viva intensamente, feche os olhos para as rosas negras e pratique o bem. O resto vem sem você fazer nenhum esforço.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Veneziano ajuda o Sintab

Tem sido mesmo interessante acompanhar as declarações do falante representante do Sintab, Napoleão Maracajá. Em entrevista, tem sido contraditório e merecedor de mais conhecimento sobre planilhas públicas. Na última audiência com o prefeito Veneziano, o jovem sindicalista mostrou-se distante do que deve pautar as ações do homem das massas, legítimo representante das categorias trabalhadoras.

Por inúmeras vezes, Napoleão não conhecia números sobre arrecadação do município e nem mesmo possuía dados sobre Fundep. Diante deste desconhecimento,Veneziano sugeriu que o Sintab contratasse técnicos especializados em planilhas para melhor auxiliá-los.

Na entrevista desta terça-feira, 09, o Sintab reconheceu que está despreparado tecnicamente e que vai contratar auditores técnicos para se debruçar sobre os dados da prefeitura.

E tem muito mais agravantes. Comparar reajustes concedidos por outras Prefeituras com Campina Grande é um outro absurdo. Taperoá (não é o caso) pode conceder um reajuste bem maior, mas é bom lembrar que essas Prefeituras possuem um reduzido número de funcionários. Bem distante do se apresenta Campina Grande, a maior cidade do interior do Nordeste, com mais de 7 mil servidores e compromissos a pagar, rescaldo de dívidas deixadas por ex-prefeitos (algo em torno de R$ 200 milhões).

Dizer ainda que Veneziano adota práticas ditatoriais e medievais é mesmo irresponsável. Na citada audiência, aberta ao público e à imprensa, o prefeito provou que é um democrata. Permitiu que até mesmo o barulhento Martins (o gari), mesmo não fazendo parte da direção do Sintab, tivesse direito a uso da palavra.

Em dado momento, Napoleão critica o fato da Prefeitura ter convocando mais pessoal que fez concurso público. Agora eu não entendo mais nada. E não é uma das reivindicações do Sintab?

Concordo com o prefeito. A manutenção da greve é muito estranha. Salta aos olhos dos campinenses que o Sintab quer que a greve continue o ano inteiro, provavelmente até 2010, como foi dito pelo próprio Napoleão na imprensa. As forças nem tão ocultas assim ainda continuam agindo sorrateiramente, certamente ainda insatisfeitas com as vontades populares e também trabalhando o desgaste de Veneziano para as lutas diárias. E isso está bem claro. Só não enxerga que não quer.

Deselegante...
....A atitude daquele profissional de imprensa que vez por outra abraça efusivamente Veneziano e longe do prefeito, não esconde a insatisfação por seu candidato, o deputado Rômulo Gouveia, não ter sido eleito prefeito. Claro que age sempre assim movido a muita aguardente. Uma lástima.

Zé esperto
Na Vila da Imprensa, montada no Parque do Povo, o Zé Matuto, personagem, tradicional nas festas juninas, tem sempre entrevistado pessoas ligadas ao poder municipal, inclusive o prefeito Veneziano, mesmo a Panorâmica FM (onde presta serviço), ter assumido oposição ao prefeito Veneziano.

Campina FM prestigiada
A Rádio Campina FM foi prestigiada na Vila com duas cabines. E olha que a emissora tem sido uma grande crítica da atual administração. Coisas dos tempos novos.

Biliu e Flávio José de fora?
O site PB Agora vez por outras dá algumas ‘barrigadas”. Recentemente disse que Biliu de Campina e Flávio José eram cantores ausentes da festa junina de Campina. Um grave desconhecimento. Os dois já cantaram na festa. Biliu vai cantar dia 14 em Galante e novamente no Parque do Povo no dia 27.

A mídia em Campina
Enquanto o Sintab pauta a imprensa com matérias que denigrem a imagem do prefeito Veneziano, profissionais de imprensa de várias partes do Brasil aportam em Campina para cobrir o Maior São João do Mundo. Depois da Record e da TV Diário, estão chegando a cidade o SBT, a Band e um repórter do site G1 da Rede Globo.