terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sobre conduta vedada

Os advogados do grupo Cunha Lima precisam se aprofundar muito sobre o que é e o que não é conduta vedada em um processo eleitoral. E isso vale não apenas para que melhor embasem seus processos na Justiça, mas também para que orientem da forma mais correta seus clientes na prática política do dia-a-dia.

Não constatei nenhuma novidade no fato da Justiça ter determinado o arquivamento da chamada Aije do Bolsa Família. Na verdade, uma grande palhaçada e que serviu apenas para encher de falsas esperanças os sonhadores cassistas que querem a todo custo cassar o prefeito Veneziano. Seria uma espécie de vingança ao Senhor Cássio, esse sim, cassado pelo TSE por conduta vedada.

Lembro-me bem que o grupo do Senhor Cássio, quando tentava se defender das acusações pelo uso indevido do Programa da FAC, fazia comparações daquela farra que foi a distribuição de cheques com o Bolsa Família. Argumentavam que eram processos parecidos e que objetivavam beneficiar pessoas carentes.

Antes mesmo da cassação já havia feitos comentários sobre os programas da FAC e o Bolsa Família. Distintos em tudo. Em nada se parecem. Aliás, nem na forma de pagamento se parecem.
O da FAC não tinha previsão legal e ganhou musculatura no ano eleitoral de 2006. O Bolsa Família já existia e difere quanto a sua concepção. As pessoas cadastradas não estão trabalhando com carteira assinada, possuem filhos menores matriculados em escola e são acompanhadas em unidades de saúde. O da FAC, na época de Cássio, atendida indistintamente. E tinha um detalhe. Tinha que votar no 45 para receber o chequinho.

Sobre o Bolsa Família - Em seu despacho, o juiz Francisco Antunes Batista, da 16.ª Zona Eleitoral declarou que não houve a utilização indevida do programa em prol da candidatura de Veneziano, conforme argumentava o Ministério Público Eleitoral - MPE.

A ação foi promovida pelo MPE, através dos promotores de justiça da 16ª e da 72.ª Zonas Eleitorais, contra Veneziano, José Luiz e a Coligação Amor Sincero Por Campina, alegando que, durante a campanha do ano passado, teria havido "uso promocional massificado" do programa em prol, "no guia eleitoral, nas inserções, em faixas estendidas nas principais ruas da cidade, panfletos e em discursos".

Da mesma forma, o MPE argumentava que o programa teria sido usado politicamente, através do aumento no número de famílias beneficiadas e que muitas destas famílias teriam aderido ao programa sem qualquer critério. Em seu despacho, o juiz afirmou que todas estas afirmações "não restaram comprovadas" e que o então candidato Veneziano fez uma campanha limpa e legal.

"Apenas a verdade" - O magistrado, em seu despacho, afirma que "não há vedação na legislação vigente para que o candidato exponha suas realizações e, ainda, informe o que pretende fazer caso seja eleito", afirma. Ele também diz que "não há vedação legal afirmar que é aliado do Governador do Estado ou do Presidente da República", como foi dito na campanha, pois "apenas retrata um fato verdadeiro".

O juiz disse ser "bastante natural que um candidato exalte os seus aliados que estão bem avaliados pela população, sem que isso possa ser considerado como conduta vedada". Sobre trecho do guia eleitoral em que Veneziano afirma que "a parceria com o presidente Lula precisa continuar", o juiz argumentou que "não pode ser considerada ameaça direta aos beneficiários do programa Bolsa Família, como argumentou o MPE".

Neste caso, o juiz usa duas jurisprudências para basear a decisão: uma do ex-ministro do TSE Carlos Alberto Menezes Direito (já falecido) e outra da Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, do TRE-BA. "Na verdade, o então candidato exalta a parceria existente com o Presidente Lula e a necessidade de continuar a parceria, no sentido de obter novos investimentos para a cidade" e que "a simples citação de programas sociais no horário político como conquistas atribuídas a determinados candidatos encontra-se dentro do permitido pela legislação e não se enquadra como conduta vedada", diz o juiz.

O Governo Federal é o responsável - "Quanto à alegação de que o aumento no número de famílias credenciadas no programa teve por finalidade beneficiar a candidatura de Veneziano, o juiz entendeu que não houve comprovação do fato. Ele diz que, antes de tomar qualquer decisão, requisitou ao Ministério do Desenvolvimento Social o demonstrativo do crescimento mês a mês do número de famílias beneficiadas em Campina Grande, de junho de 2007 a setembro de 2008 e determinou auditoria do TCU para verificar se o credenciamento tinha sido feito de forma legal. Também pediu, ao coordenador do programa, o número de cadastro e os nomes dos beneficiados em 2007 e 2008.

"Pelos documentos referidos não ficou comprovado o uso indevido do Programa", afirma o juiz, destacando que o ingresso das famílias ocorre com o município coletando os dados dos interessados e remetendo ao MDS, que é quem, realmente, seleciona as pessoas que preenchem os requisitos e devem ser beneficiadas, ou seja, "não há na concessão do benefício qualquer interferência do Administrador Municipal ou de qualquer outra autoridade local".

Ele citou ofício do MDS, assinado pela Secretária Nacional de Rendas e Cidadania, Lúcia Maria Modesto Pereira, informando que "a concessão de benefícios do PBF é feita de forma impessoal por meio de um sistema informatizado". Quanto ao aumento no número de beneficiados, o juiz afirmou, com base no mesmo documento, que ocorreu "em razão de ter havido o credenciamento de novas famílias pelo Governo Federal no aludido mês".

O juiz também afirmou que não há como afirmar que o cadastramento ocorreu apenas nas proximidades da eleição, com fins eleitoreiros, pois, "conforme pode ser observado na planilha de concessão mensal, o cadastramento é feito diariamente". Ele disse que "durante a instrução processual não ficou comprovado que houve cadastramento (ou promessa de cadastramento) de famílias, sob a condição de votar no demandado".

Quanto ao uso de uma faixa que relacionava Veneziano ao programa, apresentada como prova pelo MPE, o juiz afirma que "não merece guarida" e cita o auto de apreensão como "lacônico", pois "as faixas estavam em poder de dois rapazes que não se identificaram e que, sem resistência alguma, nos entregaram". Ele disse que, durante o processo, apesar de várias tentativas, "não foi possível identificar as pessoas que portavam a faixa (...) para que fossem ouvidas em juízo, a fim de que se chegasse aos autores da tal propaganda, visto que existem dúvidas quanto à autenticidade".

A farsa – Claro que aquela faixa publicada no portal Paraibaonline, foi mais uma grande armação do grupo Cunha Lima. Naquele dito dia, fiz questão de ir ao Açude Velho, procurar as tais pessoas com a faixa, mas sumiram como que num passe de mágica.

O que foi conduta vedada – pouco a pouco o prefeito Veneziano, graças a uma competente equipe de advogados, liderados pelo extraordinário Dr. Carlos Fábio, vem demovendo todos os processos inquiridos na Justiça contra ele pelo grupo Cunha Lima.

Para encerrar o caso em tela, está evidenciado que conduta vedada é distribuir cheque em períodos eleitorais ou fazer uso de jornal, como foi o caso de A União, que resultou na segunda cassação do então Governador Cássio. Caso encerrado!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Interesses especiais

O presidente Barack Obama está mesmo procurando sarna pra se coçar. Eleito o primeiro Presidente Negro dos EUA, Obama resolveu mexer com os brios da elite americana ao tentar reformular o sistema de saúde no País. Obama, ao se referir aos que protestam contra as medidas - usou uma frase inteligente: “são grupos com interesses especiais que são contra as mudanças”.

E como esses grupos com interesses especiais citados por Obama estão sempre presentes na vida das pessoas e não apenas nos Estados Unidos. Aqui mesmo em Campina Grande, no Compartimento da Borborema, esses grupos são bem identificados na oposição que se faz ao prefeito Veneziano Vital do Rêgo.

Vejamos os casos e as comparações que encontrei com os problemas já vivenciados com o new Presidente Obama e os assuntos da nossa Província Campina Grande.

Obama foi eleito com os votos não apenas da comunidade negra, mas também dos latinos, enfim, dos estrangeiros com nacionalidade americana. Ganhou simpatia daqueles que não concordam o encastelamento de grupos no poder e dos que são ávidos por mudanças que atinjam o coletivo e não apenas grupos.
Certamente vai esbarrar na oposição odienta lá no Congresso Americano. A elite entende que propiciar dias melhores para menos favorecidos implica em mudança de vida para esse grupo e para os que estão acima da pirâmide da vida social. Já imaginou mulatos e latinos circulando de Limusine na Times Square?

É a mesma coisa aqui no Brasil. A chamada elite, aquela que salários absurdos, não engole o Presidente Lula de jeito nenhum. A maioria prefere José Serra, que só defende agora o Programa Bolsa Família porque enxerga nessa iniciativa um grande potencial de votos.
Nunca que Serra seria favorável a um programa que daria a possibilidade de uma família humilde poder pelo menos ter a expectativa de uma vida melhor. Nunca! Aliás, Serra é mesmo a cara do PSDB, aqui e alhures. A caixa de ressonância da elite brasileira.

Em relação ao caso específico de Campina Grande, basta observar os projetos rejeitados pela oposição ao prefeito Veneziano Vital na Câmara Municipal. Esses vereadores integram, como bem disse Obama, os chamados ‘grupos com interesses especiais’. E esses interesses não se aproximam em nenhum instante com os interesses da coletividade.

São tantos os casos de reprovação de projetos de interesse do povo que muitos parlamentares temem circular em locais de grande movimentação. E não há justificativa plausível para rejeitar iniciativas como as criações das Secretarias de Ciência e Tecnologia, Agricultura e a Guarda Municipal. Até o Código Sanitário local esbarrou na visão míope da oposição.
Que bom seria se a oposição, aqui e nos EUA, observasse os interesses especiais do povo que nada tem a ver com ciúme eleitoral ou dor de cotovelo.

Cássio concorda
Recebi alguns recados agressivos por conta do comentário que fiz na coluna passada, especificamente em relação ao retorno do Senhor Cássio – direto dos States para a terrinha que lhe cassou o mandato de Governador. O próprio Cássio concordou com o meu raciocínio ao dizer que não consegue mais transferir votos em Campina como antes e que o quadro eleitoral na Paraíba, após a cassação, é outro. E é isso que admiro em Cássio. Um jovem inteligente e que reconhece a fragilidade do PSDB para enfrentar Maranhão ou Veneziano em 2010. O resto é sentimento de quem não entende que eleição se vence com partidos e muitos aliados.

Só o PB Agora
Apenas o site PBAgora, de Luiz Couto e Marcos Alfredo, acha que a decisão do Ministro Eros Grau pode beneficiar Cássio. Nada a ver, pois vale apenas para os processos que não foram originários nos TER’s, que não foi o caso da Paraíba. Os processos de Cássio nasceram aqui na Paraíba e resultaram em duas cassações.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sem saída

Acessando os Portais paraibanos constatamos diariamente aliados do Senhor Cássio Cunha Lima, cassado como Governador por crime eleitoral, declarando juras de amor ao prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB).

Os integrantes do PSDB não têm outra saída. Estão mesmo sem opção. E não adianta contrariar a realidade. O partido não tem candidato de expressão para peitar José Maranhão ou Veneziano Vital em 2010 e até mesmo o Senhor Cássio, pré-candidato ao Senado, só vai ser bem votado porque o bairrismo ainda é muito forte na Paraíba.

Caso o eleitor fosse realmente consciente, o Senhor Cássio não seria digno do voto dos paraibanos. Nem ele e nem todos os políticos que infringiram a Lei para conquistar votos. E o PSDB tem em seus quadros pessoas que mancham a nossa imagem. Vejam o caso do Senador Cícero Lucena, preso pela PF e acusado de vários desmandos quando prefeito da Capital.

O que dizer de outro aliado de Cunha Lima? O também Senador Efraim Morais – do DEM (nome copiado dos partidos norte-americanos). Outro que tem sido um prato cheio na imprensa nacional, sendo destaque acusado também por transgressões lá no Congresso Nacional.

E propagam ainda que Ney Suassuna também estará no mesmo barco do DEM e do PSDB em 2010. Imaginem vocês. Uma turma de encher os olhos. Ney, só para refrescar a memória, foi acusado de fazer parte daquela ‘Máfia dos Sanguessugas’. A citada Máfia tem sido assunto frequente na imprensa brasileira. A Paraíba, graças ao PSDB, tem sido destaque na mídia, só que de uma forma não muito aprazível.

Shaolin
Compreensível a atitude do amigo Shaolin que se retratou das leviandades ditas contra o prefeito Veneziano e, horas após a audiência na Justiça, ter novamente dito impropérios contra o prefeito. Afinal de contas, o humorista é um dos que não engole Veneziano de jeito nenhum pelo fato deste ter derrotado seu patrão, Cássio Cunha Lima, duas vezes na sua terra natal, batizada por alguns de curral eleitoral.

Obra a perder de vista
A administração do prefeito Veneziano não dá sossego à oposição. As obras se sucedem, de norte a sul. Além das obras do PAC, que já culminou com a construção de mais de 300 moradias no Araxá, estão acontecendo ações na construção da Casa do Artesão, a nova Feira da Prata (que está belíssima), obras do PAC do Novo Horizonte, no conjunto Irmãos Alexandrino, asfaltamento de ruas importantes, como a Rodrigues Alves (já iniciada); e posteriormente, entre setembro e outubro, recapeamento da Dr. Vasconcelos e da Assis Chateaubriand, asfaltamento da Rua Rio Branco, interligação da Rua João Wallig com a Juscelino Kubitscheck, entrega do novo Restaurante da cidade, dentre tantas outras que estão incomodando a oposição, mas se constituindo em benefícios para a população.

Des (aprovação)
A mídia noticiou com orgulho a aprovação das contas de 2008 do Senhor Cássio Cunha Lima (que teve o mandato de Governador cassado por crime eleitoral). Nenhuma novidade, até porque não se tratava de não eleitoral. Já as contas de campanha, foram rejeitadas pelo TRE-PB.

Sem prejuízo
É incrível como alguns setores da imprensa apenas existem para alimentar a oposição de uma forma maldosa. Inventaram que o secretário Alex Azevedo teria declarado prejuízos com o Maior São João do Mundo. Na verdade, Alex apenas disse que a Prefeitura investiu cerca de 800 mil na festa. Isso não quer dizer que o evento foi deficitário.

O PACC da Cultura
Feliz a iniciativa do deputado Federal Filho de carrear recursos para criar o PAC da Cultura campinense. O objetivo é dinamizar as ações culturais na cidade. Além da reforma do teatro municipal, cujas obras serão iniciadas até outubro, haverá ações que envolverão organismos de toda a cidade.

Pouca ação
Tenho recebido e-mails de internautas lamentando as ações parlamentares de alguns deputados federais, exemplo de Rômulo Gouveia, que apenas tem aparecido na mídia para anunciar conquista de operadoras de celular para algumas cidades. É muito pouco para quem desejava ser prefeito de uma das maiores cidades do interior nordestino.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Circo

Todo circo tem seu palhaço. E Campina Grande, que tem revelado excelências no humor, como o meu dileto amigo Shaolin, continua produzindo cenas típicas de um circo. O palco, como sempre, tem sido a Câmara Municipal. E não é primeira que isso acontece e sempre com ataques que prejudicam o povo que nada tem a ver com essa picuinha política do bloco de oposição ao prefeito Veneziano.

Na campanha do ano passado, vocês devem lembrar, o presidente da Assembléia Legislativa veio a Campina e, na Câmara, ao vivo pela TV, denunciou desmandos no Programa Fome Zero.

Foi um espetáculo. Todos os veículos de comunicação lá estavam. Vereadores e jornalistas cassistas com sorriso de canto a canto. Certos estavam que aquela ‘bomba’ seria devassadora e o ‘Cabeludo’ teria um prejuízo irreversível nas urnas. Uma grande mentira, pois as contas do Programa haviam sido aprovadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Campina tem acompanhado a seriedade das ações do ‘Fome Zero’, com restaurantes promovendo a cidadania para milhares de pessoas.

As mentiras oficiais e geradas pela mídia comprometida não influenciaram nas urnas. Veneziano foi reeleito prefeito, aumentando inclusive a margem de votos da campanha de 2004.

O circo voltou a se repetir nesta quinta-feira, 03. Um pedido de financiamento da Prefeitura junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 3 milhões, foi rejeitado pelos vereadores que não têm compromisso com o desenvolvimento da cidade. Os parlamentares da oposição a Campina devem ter vislumbrado: “não podemos aprovar esse financiamento, senão o Cabeludo vai acabar com a gente na Zona rural. Ele já nos derrotou em São José da Mata e com máquinas a cortar estradas, apoiar agricultores, seria um desastre para nossos planos em 2010” .

Não aprovaram o Projeto, mesmo sabendo que o dinheiro para a compra de equipamentos não iria para a conta da Prefeitura. Privaram sim que as empresas da cidade pudessem faturar com esse pedido de financiamento, pois os recursos seriam repassados pelo banco diretamente para elas.

É um sentimento pequeno. Típico de quem vive no atraso e de quem não aceita as vontades populares. Bem que a turma do atraso poderia aproveitar o 7 de Setembro e refletir mais sobre suas posturas equivocadas. Campina Grande não pode pagar um preço tão alto tão somente porque a oposição vê em Veneziano uma afronta aos seus interesses políticos e pessoais.

Imparcialidade?
Depois não digam que Josué Cardoso vive a detratar companheiros de imprensa. Semana passada, a TV Paraíba trouxe matéria sobre o que chamou de abandono dos cinemas da cidade. Ouviu sociólogo e membros do Instituto do Patrimônio Histórico. Para quem não conhece do assunto, parece que a reportagem foi feita na maior imparcialidade. Imparcialidade? Será?

Imparcialidade II?
Pois bem, naquele dito dia a equipe da TV Paraíba esteve mo Gabinete do Prefeito e ouviu o Chefe de Gabinete, o velho e experiente professor Hermano Nepomuceno. Com sua calma e educação peculiar, Hermano conversou demoradamente com a repórter e até apresentou o projeto que seria colocado em prática pela PMCG para recuperar o cinema Capitólio e que não só foi levado adiante porque o prédio foi tombado pelo Instituto.

Imparcialidade III?
Vocês acham que a TV Paraíba mostrou cenas desse projeto ou sequer falou nele? Falou nada. Cortou a fala de Hermano, vergonhosamente e a inseriu num texto da repórter, dando a entender ao telespectador que a Prefeitura não tinha nenhum projeto para o prédio que nada preserva da história campinense. Hermano, apesar da calma aparente, ficou, obviamente, a lamentar pela forma como a TV Paraíba produziu o material. Imparcialidade e respeito não fazem mal a ninguém!

Inveja coletiva
È impressionante como alguns ditos colunistas, ocupando espaços em portais, desenham Campina Grande como se a cidade estivesse vivendo a época do horror. Num deles, o articulista denuncia buraqueira na cidade, lixo e mistura alhos com bugalhos, lamentando que a Rádio Borborema teria perdido sua identidade passando a se chamar Clube. Adiante, insatisfeito com o resultado das urnas, certamente, faz referências a carrinhos de som. Uma mistura de assuntos desconexos e típico de quem enxerga apenas seus interesses e nada mais.

Inveja coletiva II
Claro que essas pessoas jamais iriam admitir que Campina está bem melhor de se viver. E os Institutos estão aí para comprovar a verdade. Será que irão contrariar os novos Índices do Desenvolvimento Humano? As pesquisas da Revista Você S/A? da Gazeta Mercantil? A cidade vive um momento excepcional com a atração de novas empresas, todas aportando após consulta prévia da real situação da capacidade de investimento e de equilíbrio do Poder Municipal. É uma pena, mas ainda não existe remédio para dor de cotovelo...

Suicídio do PSB
O partido já está com a corda no pescoço. Só falta o PSDB puxar. Ta numa ‘peinha’ de nada...Aguardem os próximos capítulos!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Não à submissão americana

A pergunta que não quer calar: será que temos a necessidade de sempre copiarmos o modelo norte americano em tudo para conquistarmos dias melhores? Pois bem, faço a indagação para refletir sobre a viagem feita pelo ex-governador Cunha Lima aos Estados Unidos.

De volta ao Brasil, o Senhor Cunha Lima, cassado pelo TSE por conduta vedada durante as eleições, disse que foi aos States para aprimorar o Inglês, conhecer novas pessoas e também aprofundar-se no modelo americano de gestão.

Na minha opinião, o brasileiro tem mesmo é que se dedicar ao seu modelo de gestão, já que a norte americana tem se mostrado pouco eficiente em termos de qualidade de vida para suas empresas e para seus trabalhadores.

Os Estados Unidos vivem momentos de tensão social e econômica. Empresas de grande porte estão demitindo e as pessoas vivem a todo instante o medo da reedição dos ataques às torres gêmeas do Word Trade Center.

Para conhecer um pouco do modelo de gestão dos EUA não há necessidade de se deslocar ao País. Basta navegar um pouco pela Internet e constatar a ojeriza de muitas nações à intromissão americana nos assuntos internacionais.

Com 23 livros escritos e mais de 20 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo - quase 10% deles no Brasil -, o médico e filósofo indiano Deepak Chopra não precisa provar mais nada a ninguém. Radicado desde os anos 70 nos Estados Unidos - onde dirige o Chopra Center for Well Being, na Califórnia -, ele já escreveu livros com lições de vida, saúde, desenvolvimento emocional e economia para pais, filhos e executivos - dentre os quais o mais conhecido, "As Sete Leis Espirituais do Sucesso".

Sua origem indiana, formação em medicina e sucesso profissional fizeram dele o homem certo para criar uma ponte entre Ocidente e Oriente e levaram a revista "Esquire" a elegê-lo um dos dez maiores experts na maximização do potencial humano nos Estados Unidos.

Em visita ao Brasil para uma palestra no encontro empresarial "Gestão do Futuro", em Campinas, há alguns, Chopra concedeu entrevista onde mostrou sua admiração por alguns políticos brasileiros e criticou o excesso de apego dos brasileiros aos referenciais americanos.

Sobre a relação Brasil/Estados Unidos, Chopra disse o seguinte: Um dos traços mais fortes é que todo mundo parece tomar os Estados Unidos e os executivos americanos como modelo, o que é errado. Ignora-se aqui o fato de que muitos dos modelos de gestão implementados lá não cumpriram suas expectativas. Vou mais além: os Estados Unidos falharam como modelo de liderança no mundo globalizado. Não só no Brasil como em todo o lugar para onde viajo, os executivos tentam copiar técnicas, sistemas e idéias americanas. É preciso perceber que a América encontra-se em declínio. Os brasileiros deveriam se preocupar em ir atrás dos seus próprios modelos, como Jaime Lerner. Conheço muita gente nos Estados Unidos que copiaria o seu modelo de gestão se o conhecesse. De resto, o executivo brasileiro me parece muito hesitante, tímido, pouco confortável em revelar seus métodos e comportamentos.

Mais críticas ao modelo americano

O estilo americano de administração está descarrilado e esse é um dos problemas básicos da atual crise financeira. Com essa contundente crítica ao sistema corporativo, um dos mais conceituados pensadores da administração contemporânea, Henry Mintzberg, apresentou o tema de sua palestra no Sudeste brasileiro nos fins de 2008. O pesquisador mostrou a importância das organizações se tornarem mais humanizadas e participativas.

Professor de administração na McGill University, do Canadá, Mintzberg defende a idéia de que as organizações funcionam melhor quando reconhecem a importância das pessoas (funcionários, clientes e fornecedores) em lugar de apenas se verem como geradoras de valor aos acionistas. “Quando uma empresa começa a dispensar pessoas só porque não atingiu as cotas, está destruindo a comunidade”.

Para o pesquisador, o modelo de administração em que os números ditam todas as ações e as estratégias criam empresas não-sustentáveis.O professor defende que os atuais modelos de gestão devem ser repensados, a começar pela própria formação dos gestores. “Não se cria um administrador ou um líder na sala de aula”, diz. Sobre esse assunto, o pesquisador escreveu Managers Not MBAs, livro no qual critica a “fábrica” de administradores. Mintzberg considera que o ensino da administração enfatiza excessivamente a ciência (análises e ferramentas) e, muitas vezes, exalta a arrogância em nome da liderança. Com bom humor, resume sua idéia: “Bush fez MBA em Harvard”.

Por mais que critiquem o nosso Presidente da República, homem humilde, aqui do nosso vizinho Estado de Pernambuco, Lula tem um referencial que jamais deixaria ser jogado na lama. Jamais se permitiria abrir a boca pra dizer que foi para os Estados Unidos para conhecer o modelo de gestão de lá e depois tentar colocá-lo em prática por aqui na terra nativa. Seria uma afronta à Inteligência do povo brasileiro. Isso só pode ter saído mesmo da mente iluminada de um integrante do PSDB.