sexta-feira, 15 de julho de 2011

A dor de Cássio

Tenho acompanhado os últimos pronunciamentos do ex-governador e cidadão comum Cássio Cunha Lima. De uma hora pra outra mostrou a sua verdadeira face – um homem que desde jovem vive da política para se dar bem na vida (idem para seu grupo).


Nem mesmo depois de cassado encontrou-se na vida. Não soube sequer dar continuidade à atividade de advogado, diploma que conquistou (sic) na Universidade Estadual da Paraíba, no mesmo período quando também estudava Direito.

E agora, caminhando para um ostracismo provocado pela indecisão do STF quanto ao seu futuro político, passa a usar de expedientes nada aconselháveis para um cidadão que propaga nos quatro cantos um amor sincero a Campina.

No meio da semana soltou seu veneno contra o prefeito Veneziano. Disse que o jovem prefeito era uma decepção e que não conseguia enxergar as ‘novas ideias’ anunciadas em 2004.
                                                              
O Senhor Cássio sofre, na verdade, de uma doentia dor de cotovelo do prefeito Veneziano. O mais incrível é ver sua falsidade quando encontra o prefeito. Distribui sorrisos, apertos de mão e até abraços. Tudo encenação para pousar de bom moço na mídia.

O Senhor Cássio chegou a dizer que o Governo Veneziano intencionava vender o DTO (setor de Obras da Prefeitura). Mais um absurdo.

Mas é compreensível a dor do Senhor Cássio. Ele vive um ostracismo que jamais imaginava passar nos seus 40 e poucos anos de vida. Sua gestão como prefeito é questionável. Sua única obra de vulto se resume ao Ginásio O Meninão (incompleto, pois o projeto inicial se completava com quadras esportivas e outros equipamentos), nenhuma casa construída, mas apenas cerca de 200 ruas pavimentadas pós venda da Celb (por R$ 100 milhões) e nada mais.
                                                              
Nos demais anos sempre enganou o povo campinense com falsas promessas, algumas de conhecimento público, como o tal Centro Gregário, o Shopping Garagem, Escadarias do Jeremias, Centro Administrativo, Mercado Central e tantos outros.

Para o funcionalismo foi um tratamento de cão. A ex-prefeita Cozete Barbosa, enquanto presidenta do Sintab à época, fez inúmeros protestos para solicitar uma simples audiência e para saber quantos funcionários existiam na estrutura administrativa. Foi o período do salário curto e o abono para atingir um salário mínimo.

As gestões de Cássio foram marcadas pelo pagamento exagerado de diárias. Ele mesmo recebia o dobro do salário com diárias grandiosas e que foram divulgadas pelo Centrac. Cheguei, inclusive, a denunciar esse absurdo em rádio e fui alvo de processo na Justiça.  A ação não prosperou porque havia dito a verdade, baseado em dados oficiais.

A dor de Cássio é saber que 2014 vai chegar e que o nome de Veneziano é o mais forte para combater Ricardo Coutinho na briga pela sucessão estadual.

A dor de Cássio é passar por José Pinheiro e saber que não foi competente para erguer a monumental obra que é a Vila Olímpica Plínio Lemos.

A dor de Cássio é ver que a Feira da Prata não é uma peça de ficção. É real e atende centenas de comerciantes que antes viviam na Lama.

Cássio deve se doer ao passar pelo Sistema Integrado de Ônibus, que atende o usuário com uma única tarifa bairro a bairro.

O cidadão Cássio deve sofrer muito ao constatar que Veneziano já pavimentou
Mais de 450 ruas e que bairros como Jeremias, Pedregal, Novo Horizonte, Santa Rosa, Itararé, Novo Cruzeiro, etc, foram contemplados com equipamentos públicos em saúde.

Cássio deve ser doer ao constar que Veneziano fez investimentos como os dois Restaurantes Populares e seis cozinhas comunitárias, farmácias populares, os CAP’s, o Centro Público de Emprego e Renda, O novo Museu Vivo das Ciência, a iluminação do Açude Velho (ficou belo), a recuperação da antiga Maria Fumaça, o Centro do Artesão,

Só temo que episódios de maior gravidade não venham mais uma vez a manchar de sangue o nome de nossa cidade. E que Deus continue nos abençoando sempre!

Em tudo tem Cunha Lima...
O novo livro do jornalista Nelson Coelho vai retratar dois episódios que marcaram a vida política da Paraíba. O famoso rompimento das lideranças políticas José Maranhão e Ronaldo Cunha Lima no Campestre e os tiros desferidos por Ronaldo contra Burity.
São casos distintos, é verdade, mas que maculam o nome de nossa cidade. Mas bem que o ilustre escritor poderia enveredar por outro fato recente da nossa política. A cassação do ex-governador Cássio, imaginem vocês, filho de Ronaldo Cunha Lima, aquele mesmo que manchou a história da Paraíba ao tentar tirar a vida de Burity.

Carta pra Dilma
Um dia desses ainda vou pedir à Presidente Dilma uns R$ 500 mil para investir num negócio próprio. Quem sabe não tenha a sorte grande. Preciso de alguém que me indique o caminho...