quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A viagem do PBAgora


Com todo respeito que tenho aos profissionais do site PB Agora, mas a matéria postada neste último dia 27, dando conta que o prefeito Veneziano Vital estaria sem candidato para as eleições de 2012 e que o secretário Metuselá Agra seria o vice de Diogo Cunha Lima é mesmo uma viagem no improvável.

A reportagem dá conta que ou Veneziano se alia ao grupo Cunha Lima ou perde mais uma. Perde mais uma? Essa eu não entendi mesmo!

Veneziano não perdeu para o grupo Cunha Lima. Em 2010 tivemos uma eleição estadual, com a escolha do novo Governador. Cada eleição tem sua particularidade. O nome de Veneziano não foi colocado a julgamento no pleito, mas sim de José Maranhão.

Desculpem, mas a matéria é mesmo sem pé e sem cabeça. Dizer que Cássio está em vantagem no processo eleitoral de 2012 é mesmo forçar a barra.

Na minha interpretação, o ex-governador Cássio Cunha Lima é quem está colando na boa imagem do prefeito Veneziano. Tanto é que o próprio Cássio fez questão de postar foto ao lado do “Cabeludo” e de Vitalzinho no seu microblog twitter.

A matéria do PBAgora ainda permite-se ao absurdo de informar que a união de Cássio e Veneziano serviria para aniquilar os planos de Daniela Ribeiro em postular o cargo de prefeita.

Vamos colocar os pontos nos “is”.

A situação mesmo desconfortante é do grupo Cunha Lima. O ex-governador não consegue sequer assumir o cargo de Senador e tendo o governador Ricardo Coutinho (seu aliado) em maus lençóis, tem se aproximado cada vez mais de Veneziano.

Mas é assim mesmo. A velocidade do jornalismo na Internet abre espaço para especulações diversas, notadamente na esfera política.  O que não se admite é criar fatos absurdos como esses, dando vazão a jogos de interesses de grupos que a cada dia se perdem na credibilidade e na capacidade de fazer alguma coisa pelo povo.

Ao amigo Morib
Fui lembrado pelo jornalista Morib Macedo, neste dia 29, na rádio Correio FM, referindo-se à coluna anterior. O profissional informou que exclui o nome da prefeitável Tatiana Medeiros da relação dos preferidos do prefeito Veneziano Vital.

Não foi bem assim, é que o meu tempo tem sido exíguo para escrever e a coluna denominada “O doce dilema de Veneziano”, tinha sido produzida bem antes do nome de Tatiana estar se destacando na mídia.

A Secretária de Saúde é nome forte sim. Além de bonita, é inteligente, tem projetos e grande identificação com os projetos do prefeito Veneziano.

Pode ser o nome do prefeito Veneziano nas eleições de 2012.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O doce dilema de Veneziano

O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital (PMDB), vive um dilema por conta das eleições do próximo ano. Não chega a ser um problemão, já que o quadro que se apresenta não poderia ser melhor.

Refiro-me aos nomes que se apresentam para sucedê-lo. Três deles têm potencial para disputar o pleito com reais chances de vitória.

O primeiro deles é o deputado estadual Guilherme Almeida (PSC), neto de Argemiro de Figueiredo e de Elpídio de Almeida, além de filho do ex-prefeito Orlando Almeida. Guilherme tem boa aceitação em todas as camadas da sociedade campinense.

Conta em favor de Guilherme o fato dele ser acessível ao grande público. Esse gosta de povo. É sempre visto em bares mais simples, em encontros com o povo, ao daqueles que realmente necessitam dos serviços públicos.

O segundo pré-candidato é o vereador Fernando Carvalho, que está deixando o PMDB e pode se lançar candidato por um partido menor - o PT do B.

A candidatura de Fernando não deve ser desprezada, até porque o vereador tem forte atuação na chamada ala evangélica. Tem bons projetos e está sempre próximo das suas bases. Tem tudo para crescer com o guia eleitoral. Ajudar o próximo é o forte de Carvalho, gesto que pode fazer a diferença no ano eleitoral.

O terceiro candidato não é do PMDB e goza também da simpatia de Veneziano. Aliás, é uma mulher, também de família tradicional da política campinense.

Daniela Ribeiro é do tipo que não leva desaforo pra casa. Vai mesmo ser candidata e deve ser uma pedra sapato nos planos dos ricardistas e cassistas por muitos anos. Será, sem dúvida alguma, peça importante no xadrex da política em 2012 e em 2014.

Filha do corajoso ex-prefeito e ex-deputado Enivaldo Ribeiro, Daniela apresenta-se como uma forte candidata. Vem embalada pela onda dos que defendem uma mulher no poder para colocar a política no eixo da honestidade, principalmente após a vitória da Presidente Dilma.
O prefeito Veneziano defende um nome do PMDB. Tem nomes para isso, exemplo do próprio vice-prefeito Zé Luiz e agora Walter Brito Neto.

Walter, inclusive, alimenta a expectativa de ser o candidato do PMDB para concorrer com Diogo Cunha Lima, filho do ex-governador Cássio Cunha Lima. Seria o embate do chamado ‘jardim de infância’. Claro que há uma distância fenomenal entre ambos.

Walter Neto, apesar de jovem, já tem experiência na política, enquanto Diogo apenas carrega o DNA do pai e do avô e nada mais. Navegando pelo seu twitter dá pra notar que o jovem não se interessa pelo assunto. Prefere as baladas e negócios a perder de vista.

Por fim, chega-se a conclusão que o prefeito Veneziano terá um leque considerável de prefeitáveis para escolher até a convenção do próximo ano.

Não digo o mesmo da oposição. Resta o nome do deputado federal Romero Rodrigues e só.

E que venham as eleições. Como diria Roberto Carlos, são muitas as emoções para os próximos capítulos!

Twitter das lamentações

No dia em que Veneziano foi inocentado pelo TRE pelo uso de dinheiro público em campanha eleitoral, o twitter foi o muro das lamentações dos que ainda não aceitaram o resultado das urnas.
Vejam o que disseram alguns admiradores do ex-governador Cássio no dia do julgamento que absolveu Veneziano:

ribamildo ribamildo bezerra 
O desvio do dinheiro ´público' para contas do prefeito , acaba de ser institucionalizado ...vale tudo agora

JSalesPB Jefferson Sales 
Indignação! Vergonha! Vamos continuar na #Luta. Sobre o@TREPBjusbr...sem comentários, apenas o sentimento.

Achar que o TRE-PB iria cassar um maranhista, era acreditar em papai Noel e em fada.

joiltoncosta Joilton Costa 
os caras acham que se trata de eleição de 14. O que o TRE está fazendo é abonar um crime ocorrido em 2008. Tenham vergonha srs

Juan_Cibalde Juan Cibalde 
Agora nós Paraibanos tivemos a confirmação qual o partido do TRE-PB. #vergonha

Juan_Cibalde Juan Cibalde 
Parece mentira, mas Bandido que roubou 50 mil foi liberado...

cassiocl Cássio Cunha Lima 
Indignação ! É esse meu sentimento.

cassiocl Cássio Cunha Lima 
O Poder sem pudor!

Alfredo imparcial

Aqui elogio a postura do colega jornalista Marcos Alfredo, que como poucos deu um show de cobertura direto do TRE, de forma imparcial e mostrando que é um dos melhores jornalistas desse Estado.

O advogado Rossandro Agra também foi destaque no twitter, explicando cada pronunciamento dos juízes.

Precoce partida

Esta semana fiquei sabendo que o grande amigo jornalista Gil Campos, que reside em São Paulo, perdeu seu filho prematuramente. O menino nasceu com problemas e morreu nos braços do pai, após parada cardíaca. Gil encontra forças na esposa (Kátia) e nos amigos para ‘tocar’ a vida. São os desígnios de Deus...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

TRE é independente?


Hoje abro espaço para publicar artigo do Doutor em Sociologia e professor do Departamento de História da UFPB, Flávio Lúcio Vieira, que faz lúcida avaliação do julgamento do prefeito Veneziano no Tribunal Regional Eleitoral. Confira o comentário:

Veneziano será cassado para demonstrar a independência do TRE?

É sempre difícil separar política de justiça. Aliás, é sempre difícil separar política de qualquer atividade humana. Tanto que Max Weber, o conhecido sociólogo alemão, resolveu separar política de ciência e atribuir a elas duas “vocações distintas”. Ou se faz política ou se faz ciência.

À parte questões de ordem política, sociais ou mesmo epistemológicas, a justiça, especialmente a eleitoral, tem que estabelecer um parâmetro, se não de “neutralidade” diante dos fatos do mundo político, mas de critérios objetivos e de longo prazo para que a “politização da justiça” não se efetive em relação ao seu contraponto: a judicialização da polítca.

Enfim, nem a justiça pode normatizar a política – o que seria o fim desta última –  nem o inverso pode também se estabelecer – a política determinar as decisões judiciais. Como a “justiça” não existe como uma instituição abstrata, exatamente porque é feita por homens e mulheres, é nas decisões que tomam seus juízes que a justiça se manifesta e se estabelece como instituição.

E é da crença que o julgamento desses juízes não está eivado de subjetividades e interesses que a justiça se legitima como imprescindível para o cidadão e para o Estado. Enfim, a justiça – os juízes – deve sempre levar em consideração que cada caso é um caso e julgá-los diante dos princípios de igualdade e universalidade, que é o principal legado da ordem jurídica que nasceu com a Revolução Francesa.

Dito isto, passemos ao debate a que esta coluna se propõe. Está em julgamento no TRE desde a última terça o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego.

Veneziano é acusado de receber e usar em sua campanha recursos públicos oriundos de depósitos feitos por uma empresa que presta serviços à prefeitura de Campina Grande, a Construtora Maranatha.

Vital do Rego foi cassado em primeira instância, mesmo depois de suas contas terem sido aprovadas pelo primeiro Juiz do caso, Reginaldo Nunes. Em seguida, essas mesmas contas foram também aprovadas (sem ressalvas) pelo próprio TRE, que negou inclusive recurso ao PSDB contra a sua aprovação.

Veneziano Vital foi condenado pelo juiz que passou a ocupar a titularidade da 16ª Zona Eleitoral, Francisco Antunes, e que substituiu o juiz Reginaldo Nunes. Dois juízes, duas visões sobre o mesmo fato.

Yordan Delgado, procurador eleitoral do TRE, pediu a cassação de Vital do Rego, manifestando entendimento distinto do que foi apresentado pelo procurador que o antecedeu no caso, Werton Magalhães. Dois procuradores, duas visões sobre o mesmo fato.

Considero ser necessário fazer aqui um breve resumo desse caso:

1. Não está provado houve transferência de recursos do Fundo Municipal de Saúde para a conta da campanha de Vital do Rego. Para que se comprove o contrário, seria necessário apresentar qualquer registro sobre um único depósito, o que até agora não foi feito. Nem pelos advogados do PSDB, nem pelo juiz de primeira instância, nem pelo ministério público eleitoral, nem muito menos pelo relator do processo no TRE.

Enfim, não há comprovação de que qualquer cheque da Prefeitura ou do Fundo Municipal de Saúde tenha sido depositado na conta de campanha do PMDB. Ao contrário, o ministério público eleitoral diz textualmente em seu parecer que não houve crime eleitoral no que diz respeito a esse fato. Que crime então foi cometido?

2. Todos os depósitos associados ao Caso Maranatha foram feitos com a identificação dos doadores, todos pessoas físicas . O cheque causador de toda essa polêmica jurídica foi resultado de um pagamento feito à Maranatha pela construção de um centro de saúde no distrito de São José da Mata, obra concluída e hoje em pleno funcionamento. A empresa foi paga, como é usual, com os recursos do Fundo Municipal de Saúde.

É tambem importante saber o que aconteceu na agência bancária no dia em que o fato que deu origem a ação transcorreu.

O representante da Maranatha tentou sacar o dinheiro a que sua empresa fazia jus por três vezes, não conseguindo porque a agência “não tinha numerário suficiente para pagá-lo em espécie”, segundo declaração oficial do próprio Banco do Brasil que consta nos autos do processo.

Houve depósitos nesse dia na conta de campanha de Veneziano Vital, mas nenhum da Maranhata e nem do Fundo Municipal de Saúde. Segundo a primeira versão originada ainda durante a campanha de 2008 pelo adversário de Vital do Rego, o atual Vice-Governador Rômulo Gouveia, a Construtora Maranata depositara um cheque do FMS na conta de campanha do PMDB.

Essa versão foi modificada em seguida: o cheque fora na realidade sacado e "rateado" entre os assessores de Veneziano Vital e, só depois, foi parar na conta de campanha. É esse o fato objeto da decisão judicial em se baseia o relator do processo, juiz João Batista.

Nesse caso, resta comprovar, de maneira inconteste, que aquele cheque específico foi convertido em dinheiro e repassado para assessores e apoiadores, todos, por razões óbvias, interessados na vitória do seu líder político, e só depois foi parar na conta de campanha do prefeito. O fato de serem esses doadores assessores do prefeito campinense nada tem de incomum.

Vejam, por exemplo, as contribuições individuais feitas à campanha de 2010 do atual governador, Ricardo Coutinho. Quantos assessores da prefeitura de João Pessoa depositaram valores, alguns expressivos na conta de campanha do ex-prefeito de João Pessoa?

E Por que seria considerado anormal indivíduos interessados em preservar suas posições na prefeitura, que seriam perdidas em caso de derrota, fazerem doações à campanha do seu candidato a prefeito?

E mesmo considerando o que foi aceito pelo Juiz como verdade, onde está comprovado o uso de recursos públicos na campanha de Veneziano Vital?

É provável que, pela primeira vez, um ato de corrupção eleitoral tenha sido tão organizadamente documentado, com guias de depósitos devidamente identificados e recibos assinados.

Ou Veneziano e seus assessores parecem gostar de facilitar a vida dos adversários e dos juízes eleitorais ou, pelo visto, alguns juízes eleitorais se aproveitam disso para inferir o que bem entenderem a respeito de determinados fatos.

Existe outra questão que merece uma observação atenta da sociedade, pois não se trata apenas de um interesse político em particular, mas da preservação de instituições democráticas, que devem se manter impessoais e, portanto, que trate a todos pelo princípio da equidade. 

Dois fatos que antecederam o julgamento de Veneziano Vital podem deixar dúvidas a respeito de até que ponto a justiça pode se deixar levar pelas pressões externas.

O primeiro foi a organização de uma série de ataques à justiça paraibana. ataques originados em meios de comunicação feitos por jornalistas cujo alinhamento político a lideranças e partidos é inconteste, especialmente contra o TRE, que aparentavam ser, àquela época (meados de 2010) uma reação tardia contra a cassação do ex-governador Cássio e sem objetivos claros e definidos, pois se deram meses depois da cassação do mandato do ex-governador tucano.  Esses ataques foram feitos através de páginas e blogs da internet paraibana.

Jornalistas como Luís Torres deram desmesurado espaço para todo tipo de ilação contra a Corte paraibana, dando a entender que a decisão de cassar o ex-governador Cássio Cunha Lima tinha um viés político em razão da influência que exercia sobre toda a justiça paraibana a desembargadora Fátima Bezerra, esposa do ex-governador José Maranhão.

Diante do fato atual, é possível entender agora que as reais intenções daquela campanha eram na realidade preventivas: acossar os juízes do TRE, jogando sobre eles a suspeita de envolvimento político, para depois exigirem provas de independência quando fosse julgado o caso de Veneziano Vital.

Se Cássio foi cassado, Veneziano também deveria ser. E isso seria a única maneira de provar a “independência” da justiça eleitoral paraibana. Do contrário, a Corte manteria pendendo sobre si a vinculação política.

Caso aquela "campanha" tivesse começado só agora, ficaria explícita a intenção de "pressionar" os desembargadores para cassarem Veneziano Vital.

Escutem o sepulcral silêncio desses setores da imprensa que permeia o caso hoje, especialmente quando um juiz relator se pronuncia publicamente defendendo a cassação do prefeito de Campina Grande em uma cadeia de rádio ligada ao governador Ricardo Coutinho e a seu vice, Rômulo Gouveia, que é diretamente interessado no caso, pois seria ele a assumir o posto de Veneziano Vital em caso de cassação.

Onde estão os brados de indignação com tal postura que fere não apenas o interesse de um cidadão, mas tambpem o código de ética da magistratura? Ao contrário. As declarações do juiz são usadas para reverberar uma opinião que se quer única nesse processo.

Por outro lado, não há como estabelecer nenhum sinal de igualdade entre os fatos que determinaram a cassação do ex-governador Cássio e os que podem  levar à cassação de Veneziano Vital. No caso Cássio, as provas eram incontestáveis e não se originavam apenas em uma ação específica.

Cássio foi cassado por conta da distribuição ilegal e sem critérios pre-estabelecidos de cheques a cidadãos em plena campanha elitoral, mas também pelo “conjunto da obra”, em inumeráveis ações que ajudavam a fortalecer que o uso da máquina pública foi decisiva na eleição de 2006.

No caso de Veneziano, existem mais dúvidas do que certezas, e no que interessa (uso de recursos públicos no financiamento de campanha) ainda está por ser provado.

E num aspecto político decisivo o caso de Cássio se distingue do de Veneziano: a cassação do ex-governador não o afastou da vida pública um mês sequer, como demonstra sua participação vitoriosa na eleição de 2010.

No caso de Veneziano, caso cassado pelo TRE, o atual prefeito campinense estaria afastado das disputas eleitorais até 2020!

E Veneziano desponta hoje como o principal antagonista do atual governador Ricardo Coutinho, que se beneficiaria da decisão duplamente: afastando Veneziano da prefeitura, Coutinho a entregaria a um aliado e se livraria de mais um potencial candidato cuja participação tornaria em qualquer circunstância renhida a futura disputa eleitoral.  

E mesmo que o TSE corrija uma eventual injustiça, fazendo-o voltar ao cargo, a pena de Vital do Rego já estaria estabelecida pela lei Ficha Limpa. Um prejuízo irremediável para Veneziano Vital, para a política e para as instituições paraibanas.

Não se advoga aqui que esse aspecto político seja o único a determinar as decisões do TRE no caso da cassação de Veneziano. O problema é que o processo levanta sérias dúvidas para que se advogue um remédio jurídico cujas consequências para o futuro de um cidadão são irremediáveis e que, principalmente, leve à exclusão do prefeito de Campina das disputas eleitorais por oito anos.

Se a justiça paraibana deseja comprovar sua independência, que o faça retringindo seus julgamentos às provas que constam nos processos. E julgue a todos pelos critérios da objetividade e sem medo de acusações infundadas.

Por isso, encerro com Edmund Burke: "É o medo o mais ignorante, o mais injusto e cruel dos conselheiros."

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Pacto da vergonha


Dia 30 de agosto – considerado o mês do desgosto para muitos. Pois bem, neste dia, numa manhã bonita de sol, enquanto centenas de pessoas protestavam na BR-230 contra as más condições da estrada que dá acesso à cidade de Ingá, o Governador Ricardo Coutinho veio a Campina Grande assinar os tais projetos do Pacto Social para vários municípios, incluindo a Rainha da Borborema.

Obviamente que verbas para investimentos em educação e em saúde são bem vindas, mas é querer brincar com a nossa inteligência ao afirmar o Senhor Governador que índices de baixa escolaridade e de saúde serão drasticamente reduzidos a partir do tal Pacto Social.

A insatisfação dos prefeitos é geral, com exceção de alguns mais chegados, como Pocinhos, do deputado Adriano Galdino, que vai receber mais de R$ 500 mil.

Destinar apenas R$ 165 mil para Campina é desconhecer a importância que a cidade detém no cenário estadual e até nacional.

Vergonhoso ainda é ver políticos aliados do Governador covardemente calados, acomodados pela conveniência política já que PSB e PSDB caminharam juntos nas últimas eleições.

O “Rei” Ricardo justifica o ínfimo valor afirmando que Campina já é uma cidade que sabe caminhar com as próprias pernas e que a Prefeitura teria por si só condições de pintar uma creche.

Não foi apenas uma piada de péssimo gosto Governador. Foi uma afronta a esta cidade que, nas palavras do ex-prefeito Félix de Souza Araújo, "É uma terra de bravos
Não será terra de escravos, Nem reinado de opressão".

E não venham me dizer que o governador está apenas no começo da gestão. Como diria Rubens Nóbrega, se serão 40 anos em quatro, já estamos com uma administração bem adiantada.

Uma das maiores virtudes de um homem público, na minha opinião, é a humildade e a capacidade de reconhecer erros. Apesar dos cabelos brancos que aparecem em escala ascendente, creio ainda que o socialista há de rever seus conceitos administrativos e políticos.

Sou daqueles que acredita em mudanças e defendo a tese que ninguém se perde na volta.

Desrespeito
Atitude pequena do Governador Rômulo Gouveia em denegrir a imagem do prefeito Veneziano Vital em relação ao julgamento do caso do “Cheque da Saúde” pelo TRE-PB.

O prefeito tem dito que jamais tripudiou os aliados de Rômulo em relação aos processos do grupo na Justiça: “Nunca usei desse expediente, pois isso fere intimamente as pessoas arroladas e acho prudente que tratemos esses casos de forma respeitosa. Esse é o meu estilo e a educação que recebei dos meus pais”.

Mal assessorado
O deputado federal Romero Rodrigues, político que admiro por sua simplicidade e respeito pelas pessoas, parece que está mal assessorado. Nestes dias, sem ter o que criticar o prefeito Veneziano, disse que a cidade estava tomada pelo lixo, o que é uma inverdade, pois Campina se apresenta como uma cidade limpa e com poucos focos de sujeira mesmo em áreas distantes do centro da cidade.

Tuitando
Tem umas figuras campinenses que se acham no twitter. Passam o dia todo na Internet apenas com pilhérias e ainda atordoados com as derrotas para Veneziano em duas vezes seguidas. É muita dor de cotovelo.