quarta-feira, 25 de abril de 2012

Nasce um novo PT?



Não sou filiado ao PT, mas nos meus 27 anos de jornalismo pude acompanhar um pouco da trajetória desse partido que tenho uma profunda admiração, por seus conceitos e, principalmente, por sua ideologia de defender um Brasil mais justo.

Recordo-me do PT na gestão municipal Cássio Cunha Lima. Naquela época, destacava-se a aguerrida vereadora Cozete Barbosa, no auge da vida política, sempre a defender bandeiras de lutas dos trabalhadores, notadamente dos servidores municipais.

A mulher ainda não gozava dos mesmos espaços que vivenciamos hoje. Eram duas mulheres a ocupar o cargo de vereadora – Cozete e Maria Lopes Barbosa – a Maria do enfermeiro Manoel Barbosa.

Lembro-me das passeatas promovidas pelo Sintab de Cozete, a cobrar do então prefeito Cássio uma simplória divulgação da lista de servidores e o fim da instituição do abono salarial.

Naquela época, no final da década de 80 e já inicio da década de 90, teve início o processo de privatização da Celb (empresa energética de economia mista) – patrimônio da cidade.

Foram muitas as discussões em torno do tema na “Casa de Félix Araújo”, tendo o PT sido um partido que realmente mostrou aos campinenses os malefícios da venda da Celb. Cozete e o então vereador Veneziano Vital foram os que mais demonstraram indignação com a privatização da Celb.

A venda foi consumada, porém o PT cresceu no conceito popular, ao ponto de conseguir arregimentar votos para ocupar a vice-prefeitura na gestão Cássio.

Creio eu que desmantelo no PT começou a partir dessa aliança PT-PSDB e não com o PMDB.

A união PMDB-PT trouxe importantes benefícios para a cidade, com a ampliação do Programa Bolsa Família, número de creches, recursos para a pavimentação de ruas, obras do PAC, ampliação de programas sociais como Peti, Casa Brasil, etc. E isso tudo sem falar nos cargos conquistados pelo PT na gestão Veneziano.

Vir agora com um discurso de que a mudança ocorreu seguindo a democracia petista de Ser não cola mesmo.

Será um novo PT que está nascendo e ainda não tínhamos conhecimento?

Não pegou bem
Nessa história de rompimento do PT com o PMDB quem não ficou bem na fita foi a minha dileta amiga Socorro Ramalho, mulher de fibra e coragem e que a conheço de longas datas. Ouvi da boca do próprio prefeito Veneziano e de auxiliares seus a insatisfação pelo fato de Socorro apoiar a aliança petista com o PP.

Ramalho, antes ligada a ala de Cozete quando prefeita, foi uma das que apoiou a candidatura de Veneziano naquele ano de 2004.

Nestes pouco mais de sete anos, ocupou diversos cargos na gestão do Cabeludo, passando pela Secretaria de Assistência Social, Amde, ações voltadas para as mulheres e ainda na gerência da Região de Ensino estadual, no Governo Maranhão – indicação pessoal de Veneziano.

Foi ainda adjunta de Educação Municipal e estava sendo cotada para ser Secretária Executiva do Prefeito.

Língua de Tesoura
O radialista Wellington Farias, da Rádio Correio FM, disse que o rompimento do PT com o PMDB campinense foi cafajestice e que tem gente no PT que não honra nem as calças que veste. Vixe!

Governabilidade
Do professor Hermano Nepomuceno: é bom que o PT campinense saiba que a gestão Dilma tem a governabilidade garantida graças ao PMDB.

Flávio implacável
Do professor Flávio Romero, ex-secretário municipal de Educação e pré-candidato a vereador, no seu twitter @flavioromerocg: “Durante estes anos, fui testemunha da forma leal e amiga que Vené tratava Socorro e Peron. Vale tudo pelo poder?”

Olhando pro seu bolso
É incrível e deplorável como alguns jornalistas conduzem programas de rádio e assessorias pensando apenas nos seus interesses pessoais. E ainda tentam passar para a opinião pública que defendem os interesses da coletividade. Papai Noel deixou de enganar menino faz tempo amigos.

Coligação           
Andam dizendo pelas ruas de Campina que existe uma possibilidade de duas importantes legendas políticas se unirem em torno de um projeto comum com vistas as próximas eleições...Será?

Observação
Não quis me referir ao deputado estadual Guilherme Almeida, quando na coluna passada fiz referências a latifundiários que moram no Itararé. Guilherme é exceção, já que tem profundas ligações com as camadas menos favorecidas. É povo e ponto final!

Miséria institucionalizada?
A presidente Dilma acabou de anunciar a criação do Bolsa Estiagem. Tenho dúvidas em relação à viabilidade e eficiência desse programa. Não será a institucionalização da miséria no Brasil?

Problemas sérios de lixo?
Ouvi em programa de rádio que o Governo Veneziano, além de dificuldades na saúde, enfrenta sérios problemas em relação ao lixo. Ando pela cidade, até nas comunidades mais distantes, e tenho visto um município limpo, com exceção de pouquíssimos terrenos baldios, onde pessoas insistem em jogar detritos, mesmo com a boa frequência da coleta domiciliar.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A briga é grande

Incrível a batalha travada entre o Sistema Correio (ex-senador Roberto Cavalcante) e o Sistema Paraíba de Comunicação (ex-vice-governador José Carlos da Silva Jr). No Correio da Paraíba, estouram matérias do tipo: processo contra a São Braz (de propriedade de Zé Carlos) está engavetado na Receita ou ainda TV Paraíba comete crime ambiental; Já o Jornal da Paraíba busca manchar o nome de Cavalcante divulgando matérias dando conta que o Ministério Público Federal pede a cassação da concessão da TV Correio por exibir matéria de um estupro tendo menor como vítima.

Recordo-me que meses atrás o sistema Correio denunciou que Zé Carlos estaria usando hangar do Governo do Estado da Paraíba, no Aeroporto Presidente Castro Pinto, para estacionar avião de sua propriedade sem pagar nenhuma taxa.

Ao que parece, essa ‘briga de cachorro grande’ tem tudo a ver com um suposta guerra de audiência entre os grupos.

O Sistema Correio possui números indicando que a TV Correio e o jornal impresso batem o afiliada da Globo no Estado, principalmente por conta dos programas tidos populares, como o que é comandado por Samuka.

A TV Paraíba padece porque a Globo não cede os espaços para que haja uma maior interatividade com a população. Já na Correio, que é afiliada a Rede Record, tem uma abertura incrível para produzir programas os mais variados. E isso tem feito a diferença na conquista de mais telespectadores.

Aqui pra nós. A TV Paraíba perde pelo fato do telespectador ter que assistir Ana Maria Braga (que virou piada sendo chamada de Ana Maria Brega). É o mesmo padrão há vários anos, sem criatividade, além falar no Louro José, que já está na hora de se aposentar.

E ainda há o agravante na TV Globinho, também pela manhã, que só exibe desenhos animados que estimulam a violência entre as crianças. No outro lado, na TV Correio, um ‘derrame’ de sangue todos os dias nos programas policiais, mas o povo gosta. Prefiro o SBT, com seus desenhos mais amenos.

Qual o próximo round desta ‘guerra’ entre as Redes Correio e Paraíba? Aguardemos os próximos capítulos.


Abílio lá e cá
O deputado Armando Abílio só tem mesmo a cara de matuto, mas de besta não tem nada. Foi aliado de José Maranhão, depois se debandou para o grupo de Ricardo Coutinho e agora pode voltar ao ninho maranhista, mesmo tendo conseguido alguns reais de mídia do Estado para a sua rádio Cidade AM de Esperança. O Poder é bom demais para alguns...



Sintab sem vergonha
O Sintab usa desavergonhadamente servidores municipais para injustamente promover protestos contra o prefeito Veneziano. Nestas dias reuniu alguns 20 agentes de saúde (quando são mais de 500) e foi protestar em frente ao Gabinete do Prefeito. Estranho o movimento, pois foi a gestão do Cabeludo que reconheceu o agente como servidor e ainda o incluiu no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos. Coisas de ano eleitoral. É bom lembrar que o dirigente do Sintab, Napoleão Maracajá (aliado do grupo Cunha Lima), é pré-candidato a vereador.

Bolinha rejeitado
Não me surpreendi de forma alguma quando viu que a Pesquisa Consult indicou que o pré-candidato a prefeito pelo PTB , Artur Bolinha, conta com uma rejeição de 15,2% dos eleitores. Já era esperado...

Pagar por rua pavimentada
Soube dias atrás que moradores da comunidade Itararé se reuniram e se cotizaram para que a rua fosse pavimentada. Dizem que estavam cansados de esperar pelo poder público. O itararé, para quem não sabe, é uma área nobre da cidade, onde residem grandes industriários, fazendeiros, latifundiários em sua maioria e que podem muito arcar com esse custo. E até porque a Prefeitura tem muitas responsabilidades com áreas esquecidas.

Estelizabel agora é Estela
A pré-candidata a prefeita de João Pessoa pelo PSB, Estelizabel Bezerra, diante da dificuldade em pronúncia do seu nome, notadamente pelas camadas mais humildes, agora vem sendo chamada por Estela. Realmente agora ficou mais fácil para tentar alçar voos mais altos midiadicamente falando.








Toda nudez será castigada?
Li na Internet que a Playboy pagaria até R$ 1,5 milhão para ter as belas curvas da atriz Isis Valverde (foto) em suas páginas. Enquanto isso, lutamos todos os dias para tentar ganhar ao mês alguns trocados que não dá nem para pagar as contas normais de consumo diário. Esse País tem cada absurdo...


Escravo sexual: me chama que eu vou
O que seria uma noite normal se tornou em um pesadelo para Dieter S, DJ alemão que foi mantido como escravo sexual durante cinco horas em um apartamento na cidade de Munique, por uma mulher que tinha conhecido horas antes, em um pub local.

- Eu estava tomando uma cerveja no pub depois do trabalho e encontrei essa mulher e a gente se deu bem imediatamente. Ela era bem atraente.

Segundo o jornal alemão TZ, Dieter foi por vontade própria com a mulher até o apartamento onde foi mantido refém. Depois de passar um tempo no local, quando fez sexo consensual com a acusada, ele foi impedido de ir embora.

- Ela era louca por sexo e não havia maneira de sair do apartamento.

Dieter foi obrigado a fazer sexo com a mulher várias vezes durante as horas que ficou preso. Para impedir que ele fosse embora, a mulher trancou a porta do apartamento e escondeu a chave.

- Eu percebi que estava preso e tinha que continuar até que ela adormecesse. Então, nós fizemos sexo mais cinco vezes.

Dieter diz que pensou em tentar fugir pela sacada, mas que o lugar era muito alto. Assim que a mulher dormiu, Dieter foi para a varanda e fez uma ligação de emergência para a polícia, que chegou 10 minutos depois.

Segundo a polícia de Munique, a acusada ainda propôs que os oficiais a acompanhassem em “atividades relacionadas”, e não teve sucesso.

A mulher foi levada sob custódia e liberada mais tarde.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Saudades do meu tempo


Dizem que quando a gente começa a falar do passado é um dos sinais de quem está começando a ficar um pouco velho. Será mesmo?

Bem, isso não importa mesmo. Mas deu uma vontade danada de falar do passado, notadamente nesses tempos tão difíceis, da compreensão da vida, das atitudes humanas, dos seus conceitos sobre relacionamentos e na nova forma do homem  buscar a sobrevivência.
Claro que é comum da natureza humana a busca incessante pela melhoria da qualidade de vida. E isso passa necessariamente pela necessidade de se querer conquistar melhores salários e um padrão de vida melhor.

O grande problema é que as pessoas estão buscando essa conquista por meios cada vez mais escusos. O TER passou a ser moeda principal.

Nunca vi tanta sanha em se querer as coisas materiais desta vida tão frágil e passageira. É comum o jovem querer o celular mais moderno, a calça mais transada, a moto mais potente ou o tênis cada vez mais distante da realidade salarial dos pais.

Duvido que algum jovem queira o celular ou a calça jeans comprada em uma loja que não seja de marca. E ai do pai ou da mãe se não atender o apelo. Corre o risco de ser espancada literalmente. Claro que existem as exceções que fogem à regra.

No meu tempo e na época de alguns leitores que me acompanham, tudo era bem diferente. Os nossos desejos eram diferentes. Éramos felizes em ir ao cinema, em ler o gibi do zorro e brincar de “barra-bandeira” com os amigos. Nos tempos da adolescência ir ao Parque Maia era o programa preferido.

Naquele tempo escola particular praticamente não existia. O forte era a escola pública. Fui aluno do Polivalente, antes do Grupo Escolar do antigo Convento do Catolé. Nossos pais não tinham que desembolsar uma fortuna para comprar livros ou pagar até R$ 200 ou  mais para levar o filho no carro escolar para o estabelecimento de ensino.

Nas décadas de 70, 80 e 90, ouvíamos Roberto, Frank Sinatra, Júlio Iglesias, Abba, Beatles, Vando, Diana Ross, Ritchie, Carpenters, Trepidant’s,  Simone, Vanusa, Gal, Alcione, Elvis, Raul Seixas, Altemar Dutra, Luiz Gonzaga, Kid Abelha. E quando queríamos ouvir algo mais envolvente, tínhamos hit’s como o tema de Emanuelle.

E hoje, na minha concepção, vivemos o que há de mais degradante na música brasileira. É a geração do besteirol e da apelação sexual. É um tal de Kuduro; Enfica; Eu quero Tchu, eu Quero Tchá e umas porcarias executadas por uma banda  chamada Aviões do Forró.

E tudo isso está associado ao consumo desenfreado de drogas, muito álcool, nudez e muito mais.

Claro que temos bons artistas da nova geração que tentam sobreviver em meio à avalanche de porcarias musicais que recebem o apoio da mídia. Uma Maria Rita, por exemplo, tinha agenda para cantar em Campina Grande no ano passado, mas o show foi cancelado por ausência de público na compra de ingressos. Se fosse Calypso (com a voz estridente e desafinada da Joelma), a festa estaria garantida.

Fiz questão de falar um pouco do meu passado apenas para externar minha preocupação ante o futuro que se avizinha. Haverá espaço para a honestidade? Será que teremos de pagar até para dizer olá ou bom dia?

Estamos tão preocupados em ganhar mais dinheiro e passar a perna no próximo que perdemos a essência da vida: que é viver em sociedade e em harmonia.

Tenho visto uma sociedade cada vez mais desagregada. As pessoas estão se trancando em si mesma. Não confiamos mais em ninguém. Qualquer uma que passa na nossa frente é suspeito em alguma coisa. Pode ser um ladrão ou não.

O mundo globalizou-se no medo e se entregou ao capitalismo selvagem. Exagerei?