
Pois bem, dia 26, por volta das 10h30. Um dia marcante para o movimento cultural e também para Campina Grande. O palco foi o Teatro Municipal Severino Cabral para assinatura da ordem de serviço para as tão esperadas reformas na casa de espetáculos.
Estavam todos lá. Eneida Agra, a grande diva do teatro, Alexandre Tann, Kátia e Gabmar Cavalcante esbanjando talento com marchas carnavalescas, o ator e diretor Álvaro Fernandes; o jornalista Hermano José, homem também de teatro; além de dezenas de pessoas que atuam e se identificam com o teatro direta ou indiretamente.
Como não poderia ser diferente, lá estavam todos os jornalistas, de todas as emissoras, de todas as cores. Imaturo, pensava que a TV Paraíba está por lá para dar uma cobertura daquelas. O momento exigia isso! O prefeito Veneziano, cumprindo obviamente sua missão de homem público, ouvia os clamores da classe artística e anunciava o início das reformas na Casa de Espetáculos.
Eis que terminada a solenidade, enquanto me dirigia ao interior do Teatro, para vê-lo mais intimamente, deparo-me com a equipe da TV Paraíba num lugar ermo do equipamento, uma dependência às escondidas, que mesmo em período de funcionamento, nada representa para a grandeza dos espetáculos que ali acontecessem.
E na ‘passagem” da repórter (que isento de qualquer responsabilidade na matéria), o termo abandono soou como uma faca cravada em meu peito. Logo me dirigi ao companheiro Carlos Magno, Coordenador de Comunicação da Prefeitura, a quem tratei de comunicar-lhe da maldade jornalística patrocinada pela emissora afiliada à Vênus Platinada.
Magno ficou pasmo. Não acreditava que a TV Paraíba seria capaz de distorcer os fatos, tachando o teatro de abandonado. E não está abandonado mesmo. Bem diferente dos equipamentos cinemas São José e Capitólio. Lá sim, existe um quadro adverso.
No caso do Capitólio, objeto de matéria infeliz feita pela mesma TV recentemente, registre-se o fato que o prédio é tombado pelo Instituto Histórico do Patrimônio Público, ação que não permite qualquer reforma no local. No antigo cinema São José, o Governo do Estado, no então Governo Cássio, foi feito uma reforma, mas aquele Governo não teve a decência de entregá-lo à classe artística e nem à Prefeitura para que pudesse administrá-lo.
Voltando ao caso do Teatro, fiquei mais indignado (e todos ficaram), quando a TV Paraíba exibiu a matéria no seu JPB. Terrível. Uma negação do jornalismo sério e comprometido com a verdade. Sinais de revanchismo, de quem, deliberadamente, planejou uma reportagem com finalidades bem específicas. E foi bem mais além da maldade, quando disse que o equipamento estava interditado pelo Ministério Público, no que não é verdade.
A TV PB não disse, no entanto, que em 2006, a PMCG perdeu R$ 500 mil de verbas federais para reformar o Teatro justamente porque, na gestão do Senhor Cássio, não houve prestação de contas em obras do Ginásio O Meninão.
De toda sorte, resta-nos saber que as TVs Borborema, Correio e Itataré fizeram uma matéria como ela realmente deve ser mostrada. Com seus atores preocupados com a cultura e com a verdade. Lamentável.
Jota Júnior Presidente
O cerimonialista Celino Neto elevou o cargo do prefeito de Bayeux para Presidente daquela cidade. Foi durante a inauguração do Shopping do Automóvel, em Campina Grande, dia 26 passado.
Zé ou Vené?
A frase “O Senador de Vené é Zé”, que não é minha, causou rebuliço na Paraíba. De qualquer forma, isso mostra que o PMDB tem bons nomes para 2010.