
Deixando um pouco de lado Dom Aldo para cuidar das suas tarefas eclesiais ou políticas, (sabe Deus...), gostaria de realçar alguns aspectos da política paraibana durante a semana. O caldeirão político está mesmo fervendo e bem antes do tempo, provocando um mau cheiro terrível. E se botarem mais lenha na fogueira, muitos sairão chamuscados desse processo e ficarão com sequelas irreversíveis.
Durante a semana, traidores e traídos foram às emissoras de rádio. Primeiro foi o Senhor Cássio Cunha Lima (foto de infância, quando o ex-governador sequer sabia que existia a FAC ou coisa parecida), que sempre aparece como bom moço. Nas suas últimas entrevistas, tem tido que os paraibanos tiveram um mandato legítimo usurpado, o que é uma inverdade. Foi cassado duas vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, tendo uma delas sido confirmada pelo TSE. A sua cassação expôs o nosso Estado mais uma vez de forma negativa na chamada grande imprensa.
Interessante foi mesmo acompanhar o pensamento pragmático do Senhor Cássio, quando disse que na política, os amigos valem pouco ou quase nada e que num processo eleitoral, existem apenas dois lados: do que estão no poder e os que fazem de tudo para nele estarem, mesmo que tenham que atropelar a própria mãe ou coisa parecida se necessário for.
O amigo velho Cícero Lucena foi a outra emissora e rebateu Cássio. O ‘dono’ do grupo cicerista discordou de tudo dito pelo dono do grupo cassista e está mesmo disposto a levar sua candidatura adiante. Afinal de contas, Cícero e Ricardo, está evidente, não sobem num mesmo palanque de jeito nenhum.
Esse tipo de acordo só mesmo Cozete Barbosa teria coragem de aceitar. Aliás, ela aceitou sim se coligar com o PSDB nas eleições para prefeito em Campina Grande. E todos sabem e que situação ficou, lamentavelmente a ex-musa do PT - foi abandonada pelos tucanos no processo eleitoral seguinte, ficou depois no ostracismo, desempregada bem recentemente e respondendo a processos por crimes deixados por seus antecessores. E ainda paga um preço muito alto por ter acreditado nas promessas feitas pelo senhor Cássio à época.
É incrível como tenho a impressão de estar presenciando a história se repetindo. Será impressão apenas? O tempo dirá...
Ricardo trai a si mesmo
Foi o que mais ouvi em João Pessoa, quando lá estive no final de semana passado. Conversei com pessoas simples, vendedores de picolé, de amendoim, garis, vigilantes e constatei que essa opção de Ricardo em se aliar ao PSDB dividiu João Pessoa. A insatisfação é grande e poderá custar muito caro ao PSB, com sérios reflexos não apenas para os planos políticos em 2010, mas com repercussões negativas para o processo municipal de 2012.
Sem prestígio?
Na última terça-feira, 12, após entrevista na Rádio Panorâmica FM, o Senhor Cássio foi almoçar no restaurante O Bananal com os prefeitos Edvan Leite (Boa Vista) e Paulo Oliveira (Massaranduba) e cinco vereadores de Campina. Quase que almoçava só...
Cocadas para o povo
Na Panorâmica, bom foi ouvir a declaração da senhora ‘Lucimar das Cocadas’, revoltada por ter perdido um emprego que tinha na 3ª Região de Ensino – um salário mínimo. Cássio disse que Lucimar era o exemplo da perseguição patrocinada pelo Governador José Maranhão. Entendo de outra forma. A vendedora de cocadas é o exemplo fiel do empreguismo promovido por políticos profissionais em períodos eleitorais apenas para conquistar votos e nada mais.
O quase Deus
E aquele vereador suplente hein? Dizer que teve mais votos que Fernando Carvalho e até se achar Deus nesse processo todo é um absurdo mesmo. Pode até ter conseguido votos a mais, mas a forma como foram conquistados é o diferencial. Tem quantidade, mas não tem qualidade alguma...
Vital guerreiro
O ex-deputado Vital do Rêgo vai lutando no leito hospitalar, tentando sobreviver. Deus queira que o tribuno, homem de grande capacidade intelectual e familiar, supere essas adversidades e esteja entre os seus bem antes do tempo firmado por Deus. Deus o abençoe!
Big porcaria
Soube por amigos e pela Internet da nova versão do Big Brother da Globo. Dizem que tem de tudo de ruim na versão 2010...
No primeiro dia, o apresentador Pedro Bial foi logo disparando perguntas indiscretas para os confinados. Bial quis saber se a família de um deles permitiria que ele se casasse com uma mulher que não fosse da religião dele, o judaísmo. “Sim... Eu faço o que quero da minha vida”, respondeu, sem titubear, o brother.
Homossexual assumido, outro falou sobre o preconceito contra os gays, dizendo: “Depende do grau do pensamento de cada um... o importante é o que eu estou pensando. Se eu me aceito”.
Para um terceiro participante - lésbica, o jornalista perguntou se ela nunca transava com homens. “Já abri exceções, mas no começo, quando tinha 16 anos, quando tive o primeiro namorado, mas sentia que faltava uma coisa...”, disse a jornalista.
Percebendo o jeito doce da quarta concorrente, Bial provocou: “Quando o seu diabinho aparece?”. “Vou tentar fazer que não apareça”, respondeu a moça, escapando pela tangente.
Outra participante foi bem mais ousada na sua reposta, ao ser questionado se gostava de apanhar na hora do sexo. “Vou confessar: eu adoro apanhar”, afirmou.
Um rapaz até ficou bem constrangido quando Bial quis saber ele já tinha se envolvido com uma mulher bissexual. O engenheiro agrônomo negou a experiência.
Quem melhor descreveu o que representava esse programa foi o saudoso jornalista, escritor e intelectual Luiz Augusto Crispim, em artigo publicado no jornal Correio da Paraíba.
Crispim definiu a Casa do Big Brother como um cenário composto por pessoas expostas ao ridículo, exibindo seus dotes sexuais e concorrendo entre si para provar quem diz mais baboseira. E olha que o confinamento dessas pessoas acaba em livro depois. Pior mesmo é saber que os tais livros ainda encontram compradores. Lamentável mesmo!
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