Muito já foi dito sobre jornalismo e
jornalistas. Não sou o primeiro e nem serei o último. Trago o assunto à baila
apenas para exteriorizar um pouco do que tenho visto ao longo dos meus 25 anos
de profissão bem aplicados ao amor a esta cidade que tanto admiro, embora nela
não tenha nascido.
Há oito anos presto assessoria de
imprensa ao poder público municipal. Não foi a primeira experiência na vida,
mas foi a mais longa na minha trajetória.
Em anos anteriores fiz alguma coisa de jornalismo
para outros prefeitos, mas algo passageiro, já que meu tempo era exíguo.
Passado esses anos é fácil chegar a uma
conclusão sobre jornalismo e jornalistas.
Fazer jornalismo é como quem gosta de
futebol. Vira paixão mesmo, daquelas arrebatadoras e que vai se enraizando em
nossas vidas de forma inexplicável.
Transforma-se em sacerdócio, embora seja
uma atividade pouco rentável e de amargores que às vezes nos deixam com o
coração de pedra e desacreditado com as pessoas.
O jornalismo tem várias vertentes e pode
provocar sequelas profundas nos profissionais, a depender muito do ramo de
atividades em que eles estejam atuando.
A área policial é terrível. Já fiz
jornalismo de Polícia e convivi com o que há de mais podre em termos de esfera
policial: homens que se aproveitam de bandidos (sic) para mostrar à opinião
pública que estão aplicando bem a Lei e outros que conseguem um padrão de vida
muito além da sua realidade financeira. Vi muito isso em Campina quando cobri a
página policial do Jornal da Paraíba e do Diário da Borborema.
A área política, digo sinceramente, foi
algo novo em minha vida. O bom nisso tudo é a conquista de grandes amigos.
Nosso relacionamento aumenta extraordinariamente.
Mas a vida política não tem muita
diferença de outras áreas.
O jornalista que trabalha com políticos
é tido como um ser poderoso. Todos o enxergam como um ser que pode tudo: que
tem poderes para conseguir empregos para parentes, que possui os melhores
salários e que é babão de primeira grandeza.
Assim sendo, seguindo esse raciocínio,
os 12 apóstolos da mesma forma eram babões, já que não apenas seguiam Jesus,
mas também eram seus assessores e divulgavam sua obra pelo mundo afora.
E não me imposto quando sou
carinhosamente “homenageado” dessa forma. Afinal de contas, como já disseram,
que está na chuva é mesmo para se molhar e todos querem atirar pedras no que
vai dando certo.
Nesses
anos todos vi poucos jornalistas
com um padrão de vida razoável. Dá pra contar nos dedos, exemplo do
amigo
Arimatéa Souza, mas que teve que ralar muito para atingir posição
privilegiada.
Tem boa escrita, foi “meu” editor no JP, depois para rádio Caturité e
hoje tem prestígio enquanto articulista político de jornal, TV e ainda
do seu site –
o paraibaonline.
No mais, vejo como bem de vida um Helder
Moura, com quem tive a honra de trabalhar também no JP, na época dos saudosos
Tarcísio Cartaxo e William Ramos Tejo. Tem ainda o caso de Marcos Marinho, que
tem um razoável padrão de vida, mas conquistado como funcionário público
federal.
Até hoje, mesmo depois de tanto tempo,
tem dificuldades de manter viva a chama do jornal A Palavra, que sobrevive
graças à existência da Internet.
Muitos vivem em condições
difíceis, alguns passando até necessidades para conseguir o alimento diário. E
olha que alguns trabalharam com políticos e foram esquecidos pelo tempo,
como folhas jogadas ao vento.
Pois bem, resumo da ópera - para não
cansar. Os políticos gostam muito de jornalismo e de jornalistas, mas apenas
quando eles atendam às suas necessidades e nada mais. São poucos os que
valorizam o segmento.
Jornalismo e jornalistas, para muitos da
classe política, são acessórios que podem muito bem ser descartados ou muito
bem massacrados durante e pós período eleitoral.
E ainda tem gente que diz que em
Campina: "Jornalista se paga com um almoço". Dizem as más ou boas línguas, que a frase foi
dita pelo saudoso empresário Agostinho Veloso da Silveira, que ‘governou’ a
FIEP por quase 40 anos.
Mas não me arrependo nem um pouco de
seguir a profissão. Sei que terminarei minha vida aqui na terra sem bens
materiais, mas levarei adiante, não sei pra onde, um pouco do que vi e senti –
boas ou más reportagens dessa doce "vida marvada".
Michel
Teló em Campina
Não é verdade que o cantor Michel Teló
estará em Campina no dia 12 próximo. O homem que cuida do São João – Gilson
Lira, me disse que é especulação e que nenhum conato foi feito com o artista.
Luan
Santana também
Dias atrás divulgaram que Luan Santana
estaria em Campina no aniversário de 15 anos da filha do dono do supermercado
Rede Compras e que o contrato teria sido fechado em R$ 300 mil. Não sei se a apresentação
vai mesmo acontecer neste mês, como andam falando muito no assunto nos colégios particulares
campinenses.
De
Campina para o Terra
Os jornalistas Lenildo Ferreira, Cláudio
Goes e Lauriceia Barros agora são estrelas. Menos mal nesse mundo tão sofrido
que é ser jornalista. É que eles estão correspondentes do prestigiado Portal Terra,
na cobertura dos festejos juninos de Campina Grande.
A
falta de Barbosa
Nesse ano todos têm sentido saudades imensas do
grande amigo jornalista Barbosa Júnior, que empresta seu nome à Vila da
Imprensa. “Barbosinha”, como era carinhosamente conhecido, foi mais uma vítima
do nosso trânsito sem alma.
‘Tarados’
pelo Parque
Os radialisras Abílio José, Juarez Amaral e o tabelião Fechine Dantas estão disputando quem frequenta
mais o Parque do Povo este ano. Fechine também está na briga. O ponto está
sendo assinado na barraca de Ventura. Soube que a premiação será o direito de
comer de graça, quando quiser, no tradicional Bar do Genival
Sobre
pesquisa em Campina
Esse comentário vi num site e achei
interessante. Confiram: “Comentários apaixonados, fruto da nossa democracia.
Mas devemos observar que a médica Tatiana cresceu muito, mesmo sem ser
política. Isso deve ser observado. E Romero vem caindo drasticamente, já que
Cássio tem mostrado que não transfere esses votos todos em campanha municipal.
Assim foi duas vezes contra Veneziano. A indefinição do grupo Cunha em relação
a Romero está prejudicando o pré-candidato. Acredito que vai haver polarização
entre as duas mulheres - Daniella e Tatiana. A briga das saias promete. Votarei
em uma delas. Não tenho a certeza que a filha de Enivaldo vá conseguir superar
o rolo compressor quando Veneziano estiver nas ruas, na luta pelo voto. Vai ser
parada dura, ah isso vai ser”.