segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Os votos de Campina

Na reta final da campanha para se escolher o novo Governador da Paraíba vale de tudo para a conquista dos votos. O ex-governador Cássio Cunha Lima foi o que mais apelou para tentar sensibilizar o eleitorado.

Nas chamadas na TV e no rádio, Cássio disse que (pasmem), Campina se uniu a João Pessoa para eleger Ricardo Coutinho.

O tucano, que não está com essa moral toda por estar mais pra Ficha-Suja do que para conselheiro eleitoral, justifica que essa união está sendo possível graças ao nome de Rômulo Gouveia como candidato a vice.

O prefeito Veneziano Vital defende que o amigo mesmo de Campina Grande é José Maranhão, por estar promovendo parcerias antes negadas por Cássio, exemplo dos repasses do Samu e da Farmácia Básica, além de pavimentações de ruas, reforma do teatro municipal, construção da nova Central de Polícia, de casas e do hospital de trauma.

Historicamente Campina Grande sempre tem sido decisiva nas eleições quando há um filho seu na disputa. O grande problema é que os tempos são outros. Nos velhos tempos das campanhas épicas de Argemiro de Figueiredo, de Severino Cabral, de Vital do Rêgo, de Pedro Gondim, entre outros, a força do dinheiro não era tão exacerbada como hoje.

A compra de votos tem sido a marca principal dos candidatos de hoje. E justamente por conta deste potencial é que as pesquisas eleitorais acabam sendo desmoralizadas. De uma hora pra outra, graças a míseros R$ 30,00 ou R$ 50,00, ou mesmo um chequinho, o candidato que está atrás nas pesquisas consegue a vitória. Os tempos são outros. E bem piores!


Shaolin e a política...

O humorista Shaolin vai ser a grande estrela nesta semana de um evento promovido pelo Sintab, no Spazzio, na programação da entidade voltada para o servidor municipal. Há quem diga que a festividade tem conotação política, mas não acredito nisso. Até porque o Sindicato, dirigido é verdade por um aliado de Ricardo Coutinho, deve permanecer isento nesse processo.


Surpresa na semana

O prefeito Veneziano Vital pretende encerrar as festividades dos 146 anos de emancipação política de Campina Grande com uma surpresa artística. O nome está sendo sondado e deverá ser divulgado até terça ou quarta-feira, 27. O show deverá acontecer no Parque do Povo até sábado.

Distorções propositais?

A cada dia espanta-me a capacidade de alguns companheiros de imprensa, ditos imparciais, em deturparem as informações apenas para atender interesses seus e de grupos políticos.

O caso mais recente foi o conflito entre as Polícias Federal e Militar, na Rua Major Belmiro, no bairro São José (em Campina Grande), na semana passada. Alguns colegas e TVs divulgaram que comandantes de Batalhões foram levados à sede da PF para prestar esclarecimentos.

Nada disso aconteceu. Estava no local e vi que militares e federais fizeram um acordo para levar um veículo para ser revistado na sede da PF para dirimir dúvidas quanto ao que havia no seu interior. Está muito difícil acreditar em credibilidade quando se acessa alguns portais, ouvir alguns programas de rádio ou assistir à TV.

Quatro contra um milhão?

Ficou muito feio para a TV Paraíba dizer no Bom Dia Paraíba que a votação no TSE, referente à impugnação do registro de candidatura do ex-governador Cássio, foi quatro votos contra um milhão. Ao divulgar tal absurdo, a emissora afiliada à Globo (que funciona mediante concessão pública), assume as cores do candidato do PSDB, em detrimento dos milhares de telespectadores que assistem a programação todos os dias e que são eleitores, é verdade, de diferentes siglas partidárias. Um absurdo sem precedentes na história televisiva do nosso Estado.

A farsa de Serra

O presidenciável José Serra tem mostrado que também entende de encenação. Aquela de dizer que foi agredido por petistas foi desmontado pela TV. O que bateu em sua cabeça, na verdade, foi uma bolinha de papel. Só que ser aquele ex-governador que até conseguiu eleger o pai deputado federal numa cadeira de rodas graças ao seu tom emotivo ao pedir votos na TV.


Imparcial de mentira

E aquele jornalista (sic) hein? Se julga imparcial. Jura que não precisa nem de A nem de B para sobreviver. Afirma ser o ‘paladino’ da imparcialidade. Mas, na carreata de Ricardo, dia 24 último, em Campina, lá estava ele, fitas laranjas nas mãos, o 40 estampado no peito. Como a mentira tem perna curta...

‘Passe’ valorizado

Recebi e-mail dando conta que uma mãe de Santo conhecida como Renilda (considerada guia espiritual de Ricardo Coutinho), é também uma das auxiliares mais prestigiadas da Prefeitura da Capital, ocupando cargo de confiança.

Segundo a nota, Mãe Renilda já foi diretora do Centro da Cidadania da PMJP, em Cruz das Armas, e atualmente trabalha no setor de articulação da Prefeitura. Ela, pelo que se informa, é filiada ao PSB de Ricardo e já foi candidata a vereadora na capital. O e-mail dá conta que o salário dela na Prefeitura da Capital é gordo. Salário: 9.872,05. Será verdade mesmo? Aguardo respostas?

Ricardo com Serra?

Fiquei surpreso ao ver ‘santinhos’ com as imagens de Ricardo e José Serra. Não dá pra entender, até porque Coutinho, dias atrás, jurava que defendia a candidatura de Dilma. Será que tem algo a ver com a adesão de Cícero Lucena (coordenador da campanha de Serra na Paraíba), à candidatura de Maranhão?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O avanço da Internet e a política brasileira

Os tempos realmente são outros. Não é o mesmo do meu tempo de 10 ou 14 anos. É incrível como o avanço tecnológico, com o advento da Internet, mudou a nossa forma de ver o mundo e até de acompanhar os acontecimentos em nossa cidade e do mundo.

Num só click, ficamos sabendo de tudo em tempo real. Claro que na rede mundial também se encontra muito das porcarias da vida. Tem pornografia adulta e infantil, tem idiota querendo dar uma de intelectual e jornalista que se julga o dono da verdade.

No geral, entendo que a Internet é uma excelente ferramenta para quem a usa para o bem.
No meu caso específico, a Net tem sido uma maravilha. Neste dia 23, por exemplo, acompanhei das 14h até quase duas da madrugada do dia seguinte o julgamento do caso Joaquim Roriz no Supremo Tribunal Federal pela rede mundial de computadores.

Para quem possui boa Internet, a opção foi acompanhar tudo pelos sites que disponibilizam imagem e áudio e excelente definição.

Outra opção foi acompanhar o julgamento pelos portais de Brasília. Um deles dá um show de jornalismo: www.jornaldebrasília.com.br. O site acompanhou o desenrolar da votação com informações em texto a cada 30 segundos, através de uma ‘janela’ criada no Portal especificamente para o caso Roriz.

É graças a Internet que passamos a ter acesso a informação sem censura. A Internet é, na minha humilde concepção, a rede da democracia. Espaço de todos e para todos os gostos.

Sobre o julgamento
O presidente do STF, Peluso definitivamente não gosta de povo. Disse no julgamento do caso Roriz, que não lhe interessava o que pensava a opinião pública.

O ministro Dias Toffoli foi o diferencial no julgamento e responsável por uma dúvida. Crítico contumaz da Ficha Limpa, ele amenizou o discurso. Votou apenas no sentido de jogar para o futuro a aplicação da lei.

De acordo com Toffoli, seria necessário esperar pelo menos um ano da entrada em vigor da lei para impedir as candidaturas. Segundo ele, a exigência está prevista no artigo 16 da Constituição Federal. "O artigo 16 é uma garantia do eleitor", disse.
Argumentou que isso garante que mudanças nas regras eleitorais patrocinadas pelas maiorias não sirvam para excluir adversários das eleições, como ocorria com frequência na ditadura militar. Nesse sentido, votaram também os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello.

O voto de Gilmar Mendes foi o que mais esquentou o clima do plenário. "Essa regra é cláusula pétrea. O fato de ter-se que esperar um ano é uma segurança para todos. Faz parte de um processo civilizatório, precisa ser respeitado", afirmou. "A história mostra em geral que os totalitarismos se louvam nesse tipo de fundamento ético." E concluiu: "A ditadura da maioria não é menos perigosa para a paz social do que a da minoria."

Marco Aurélio Mello acrescentou: "Vivemos momentos muito estranhos. Momentos em que há abandono a princípios, a perda de parâmetros, a inversão de valores, o dito passa pelo não dito e o certo pelo errado e vice-versa. Nessas quadras é que devemos ter um apego maior pelas franquias constitucionais. E uma dessas franquias nos direciona à irretroatividade da lei."

Aplicação imediata. Cinco ministros - Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Ellen Gracie - votaram pela aplicação imediata da lei, ao julgar que a mudança não alterou o processo eleitoral, como visa proteger a Constituição. 

Eles argumentaram que a lei foi aprovada antes das convenções partidárias. As legendas sabiam, portanto, quais eram as regras de inelegibilidade. E deram legenda para fichas-sujas porque quiseram. "Não há direito adquirido à elegibilidade: o direito é definido e aferido a cada eleição, assim como não há direito garantido à reeleição", disse o ministro Ricardo Lewandowski, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas a restrição que Toffoli fez à lei foi apenas aquela - de que valeria para as próximas eleições. O ministro rejeitou os argumentos dos advogados de Joaquim Roriz de que as novas regras retroagiam para prejudicá-lo e de que estaria violado o princípio da presunção de inocência ao ser considerado inelegível sem condenação pela Justiça.

Algumas notas
- Fiquei estarrecido com a prisão de José Antero Silva Neto, ex-diretor do Presídio do Serrotão, acusado de atrair menores em sua casa para atender seus desejos sexuais. Antero teve uma vida inteira dedicada ao serviço público e também a atividades políticas. Pelo seu comportamento respeitoso, afável, jamais imaginaria que Antero fosse capaz de abusar de menores de idade. Pois é, a vida a cada instante nos proporciona muitas surpresas.

- Cozete Barbosa, ex-prefeita de Campina Grande pelo PT, decidiu entrar de corpo de alma na campanha de Zé Maranhão. A ex-musa do Partido dos trabalhadores tem sido vista nas passeatas com bandeirinha na mão, adesivos por todo o corpo e uma disposição que lembrava aquela Cozete dos tempos do Sintab.

- Por falar em Cozete, os petistas Basílio Carneiro e Vladmior Chaves, da ala denominada de Resistência, não querem nem ouvir falar na ex-prefeita. Acham que Cozete foi a culpada pelo partido ter prejuízos eleitorais ao se aliar ao grupo do então prefeito Cássio Cunha Lima.

- Assisti, sempre que pude, o guia eleitoral de São Paulo. Foi cada figura, a começar por Tiririca, os ex-jogadores Romário e Vampeta, além do humorista Batoré, o cantor Kiko do KLB, o filho do apresentador Raul Gil, entre outros.

- Na Paraíba, bem que poderiam estar na campanha, como candidatos, Shaolin, Zeca Boca de Bacia, Biliu de Campina, Marral, Gavião (que foi candidato a vereador), Galego do Chá, O ‘pensador do Calçadão’ e tantos outros.

- Aqui em nosso Estado o guia mais pareceu programa de humor. Teve um tal de ‘Sapato de fogo’ de Patos, pastor evangélico e que se intitula o ‘desatador de nós’, um tal de Cabrito e tantos outros que me fogem à memória, mas que nada representariam se eleitos fossem. Será o caso de Tiririca?

- Nas passeatas de Vital em Campina, a candidata Tatiana chamou também a atenção por seus atributos bem inerentes à mulher brasileira...Com todo respeito!

- Quem ganhou a eleição para o Senado? Segundo o candidato ao Senado, o cantor Vital Farias, autor da bela ‘Saga da Amazônia’, quem foi vitorioso foi o ‘candidato dinheiro’. No fundo, no fundo, acho que Vital tem certa razão.

Próxima coluna
O título será: "Deixem o povo votar ou votem em Barrabás"