terça-feira, 20 de abril de 2010

1 milhão de amigos?

Definitivamente o segundo encontro das oposições em Campina Grande, dia 18 passado, merece muitas reflexões. Reunir 5 mil pessoas num encontro com as presenças do ex-governador cassado Cássio (o homem que revela ter mais de 1 milhão de amigos), o homem da mala, o ex-senador Ney Suassuna; o ex-prefeito Ricardo Coutinho e o Senador Efraim Morais, foi muito pouco.
E não adianta os inimigos de Campina Grande me enviar e-mails com agressões verbais e atentados à gramática. É a pura verdade. Qualquer festinha de final de semana em Campina reúne bem mais pessoas.

Certamente o bi-cassado Cássio deve estar tremendo nas bases. O mais agravante de tudo foi a pouca expressividade de prefeitos paraibanos presentes ao chamado ‘encontrão’.

O que chamou a atenção de todos mesmo foi a distribuição de camisas amarelas e laranjas durante o evento, além da entrega descarada da revista de responsabilidade da Prefeitura de João Pessoa, vídeo que está no Youtube e pode ser visto no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=iAwVU_vmO1s

A Paraíba, que já teve expressivos nomes no Governo do Estado, como Pedro Gondim, Argemiro de Figueiredo, Tarcísio Burity, José Américo de Almeida, João Suassuna, Antônio Mariz e tantos outros, não merece ser manchada novamente com escândalos tipo os 35 mil cheques da FAC, o crime no Restaurante Gulliver, dinheiro voador, envelopes amarelos, Operação Confraria, Máfia dos Sanguessugas, Máfia dos Sanguessugas do Turismo, irregularidades patrocinadas no Senado e muito mais. Os paraibanos merecem respeito e políticos comprometidos com a sociedade de um modo geral.

O CQC em Campina
Já imaginaram se os apresentadores do programa CQC da Band estivessem em Campina Grande no encontro das oposições? Iriam encontrar, além de Efraim Morais (que foi alvo de matérias do programa), o governador bi-cassado Cássio, o ex-Senador Ney Suassuna (citado na Máfia dos Sanguessugas); além de tantos outros que respondem a processos diversos e tantos mais que já começam a envergonhar a Paraíba precocemente. Seria um prato cheio para o CQC.

Sem emoção
Pense no entusiasmo do deputado federal Rômulo Gouveia ao avaliar o tal encontro: “Foi muito importante e teremos em breve um outro em Sousa. Reunimos várias lideranças políticas para integrar cada vez as oposições da Paraíba em torno da chapa majoritária do prefeito Ricardo Coutinho e demais postulantes oposicionistas”. E nada mais disse...

A falsa vaia à repórter
Os radialistas Arquimedes de Castro e Alan Ferreira, da Campina FM, foram de uma indelicadeza sem precedentes com o jornalista Carlos Magno, Coordenador de Comunicação Social da Prefeitura de Campina Grande, e ex-funcionário da ex-emissora. Acompanhem o que disseram Arquimedes e Alan, dia seguinte após a entrevista coletiva do prefeito Veneziano, quando da conquista da liminar para continuar prefeito.

Arquimedes:
A pergunta da repórter da TV Paraíba foi a ultima direcionada ao prefeito durante o comício.

Alan:
Como fica claro no áudio da coletiva, a repórter foi hostilizada pelos correligionários do prefeito, presentes na entrevista.

Arquimedes:
Bom... O episódio fala por se próprio. Intolerância! É a palavra que descreve o que aconteceu. A Repórter Denise Delmiro foi corajosa, foi valente, que teve a coragem de fazer uma pergunta legitima ao prefeito, mesmo durante o comício organizado pela Coordenadoria de Comunicação Social. E aí, eu ‘dirijo-me’ a crítica direta, absolutamente direta ao Coordenador de Comunicação, o senhor Carlos Magno. O senhor deveria ter vergonha de submeter colegas seus a esse tipo de constrangimento. A minha censura ao que o senhor fez, fica clara. O senhor cometeu um grave erro e um desrespeito, um grande desrespeito aos seus colegas de trabalho, ao ‘submeter eles’ a esse tipo de constrangimento. A rádio Campina FM não participará de eventos como esse até que eles sejam organizados como se deve. E o Carlos Magno, com a experiência que tem, sabe muito bem como fazer uma coletiva de imprensa, e sabe qual é a diferença da coletiva para um comício. Uma vergonha! O que aconteceu ontem é vergonhoso. E a ACI?

Alan:
É... A ACI está fazendo o papel dela nos últimos anos.

Arquimedes:
Tira o BG, aí... (silêncio)

Alan:
Nada

Arquimedes:
Isso aí é o que disse a ACI.

O quadro real
Não houve definitivamente nenhuma vaia à repórter da TV Paraíba. E ela sabe bem disse. Estava ao lado dela, bem pertinho e não ouvi sequer uma vaia, mas apenas pedidos de alguns para que a profissional de imprensa deixasse o prefeito se defender das acusações que lhe foram feitas na TV. Nada mais. O resto é jogo de cena e comprometimento de muitos jornalistas que ainda não digeriram as duas derrotas para Veneziano – em 2004 e em 2008.

Preparando a assessoria
Tenho dó de um ex-assessor de Cássio. Desde 2004 que diz nos quatro cantos da cidade que está com seus funcionários prontos para assumir a Coordenação de Comunicação da Prefeitura de Campina Grande. O rapaz está louco para retornar ao poder. Acho que o moço deve estar passando por um aperto daqueles. Acho bom esperar por outro prefeito amigo. Um outro quem sabe...

Campina cada vez mais Grande
Enquanto a Campina FM e a TV Paraíba não aceitam Veneziano como prefeito de jeito nenhum, a cidade vem apresentando números excelentes em vários campos, quer seja no comércio, na indústria, bem como na érea social.

Campina Grande apresentou em 2009 um aumento de cerca de 18% no Índice de Potencial de Consumo, indicador que aponta a capacidade dos moradores das cidades brasileiras em consumir produtos e serviços. A notícia veio de estudo elaborado pela Consultoria Target Marketing e Pesquisas, de São Paulo, divulgado pelo Instituto de Estudos Metropolitanos – IEME.

Pelos dados do relatório que recebemos, Campina apresentou IPC de 0,20333, o maior do interior nordestino, ficando acima de municípios como Paulista-PE (0,16505), Caruaru-PE (0,13599), Vitória da Conquista-BA (0,13481), Mossoró-RN (0, 10834), Petrolina-PE (0,10548), Imperatriz-MA (0,10272), Juazeiro-BA (0,10172), Juazeiro do Norte-CE (0,09942), Camaçari-BA (0,09284), Garanhuns-PE (0,05762), Paulo Afonso-BA (0,04656), dentre outras.

Rádio e política
A Justiça eleitoral precisa estar atenta aos programas políticos das emissoras de rádio de Campina Grande. Praticamente todas, incluindo as comunitárias, estão abusando na louvação a candidatos, principalmente ao grupo Cunha Lima. Dizem que tudo isso tem a ver com as tais verdinha$ oriundas do litoral...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Cordel da Traição

Correligionários do Senador Cícero Lucena mandaram confeccionar milhares de folhetos intitulados O Cordel da Traição. O trabalho é de autoria desconhecida e lamenta o que chamam de traição sofrida pelo Senador Cícero Lucena pelo ex-governador Cássio Cunha Lima, ao defender a candidatura de Ricardo Coutinho ao Governo do Estado.

O folheto afirma que em 1990, Ronaldo Cunha Lima só foi eleito Governador porque teve Cícero Lucena como vice: “Ninguém queria aceitar ser o vice de Ronaldo/ que estava liso de dó/sem apoio e sem respaldo”, diz um trecho do cordel.

Os versos foram publicados também na edição do Jornal dos Municípios, edição número 104, do mês de março passado. O jornal, em formato tablóide, tem sede em João Pessoa e está no mercado há 10 anos.

O cordel garante que Ronaldo só se livrou da prisão por parte da PF porque Cícero fez um pedido especial ao então Ministro da Justiça para a sua soltura, naquele caso dos tiros sofridos por Tarcísio Burity, no restaurante Gulliver. Os episódios vividos pelos ex-prefeitos Cozete Barbosa e Félix Araújo são tratados nos versos.


Vamos então ao Cordel da Traição:

A trama toda começa
Naquele ano 90
Que Ronaldo Cunha Lima
Disse: ninguém me sustenta
E enfrentou a parada
de uma disputa cruenta.

Ninguém queria aceitar
Ser o vice de Ronaldo
Que estava liso de dó
Sem apoio e sem respaldo
E as pesquisas mostravam
Que ele não dava um caldo.

Então apareceu Cícero
Que era do Sindicato
Da Indústria da Confecção
E tinha um grande aparato
De apoio e de dinheiro
para aceitar o trato.

Mesmo saindo em terceiro
Ronaldo venceu o pleito
E Cícero foi o seu vice
Num equilíbrio perfeito
Governaram a Paraíba
Num mandato sem defeito.

Na hora mais tenebrosa
Quando Ronaldo atirou
Em Tarcísio Burity
Nosso ex-governador
E a polícia o prendeu
Foi Cícero quem o salvou.

Ronaldo estava detido
Pela Polícia Federal
Cícero falou com o Ministro
Da Justiça Nacional
E exigiu a soltura
Senão iria pro pau.

Também em Campina Grande
Foi marcante a traição
Da família Cunha Lima
Que manteve a tradição
De abandonar os amigos
Sem qualquer contemplação

Primeiro Félix Araújo
Que assumiu a Prefeitura
Mas não pôde governar
Porque tinha a ditadura
Da família Cunha Lima
Que ditava sua postura.

Logo após foi a vez
De uma mulher guerreira
Que lutava destemida
Sem nunca mostrar canseira
Porém Cozete Barbosa
Fez uma enorme besteira.

O deputado João Gonçalves
Também teve o dissabor
Quando enfrentou Ricardo
Contando com o traidor
Cássio já estava por trás
Preparando o seu andor.

Hoje a Paraíba assiste
Oura ação covarde e vil
Cássio atacando Cícero
E derramando elogio
Para Ricardo Coutinho
Que quase o destruiu.

A Paraíba está vendo
E não aprova isso não.
Cuidado, Cássio, não pague
Amor com ingratidão
O povo não simpatiza
Com tamanha traição.

A poesia popular
Que Ronaldo tanto estima
E agora nesse cordel
Relata o fiel papel
De Cássio da Cunha Lima.


O debate
Na Campina FM, dia 12, o empresário e presidente de partido político aliado ao ex-governador cassado Cássio, o senhor José Artur “Bolinha” e Alexandre Moura, da área de informática, comentando sobre segurança pública. Nunca ouvi esses dois cidadãos comentaram sobre o assunto em outras épocas. Também não me lembro de ouvir defesa dos mesmos sobre o projeto de Criação da Guarda Municipal, enviado pelo prefeito Veneziano Vital à Câmara e rejeitado pelos vereadores muitos ligados a esse grupo. Falar é fácil, é muito fácil...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Maldade jornalística (?)

Que me perdoem os colegas jornalistas do Jornal da Paraíba no comentário de hoje, caso alguém se sinta ofendido. Afinal de contas, trabalhei naquele jornal por muitos anos. Fiz amigos e aprendi bastante com profissionais que até hoje fazem parte da minha vida afetiva e profissional. Cito até alguns deles, como Gil Campos, Francinete Silva, Maria do Socorro, Ana Lúcia, Valberto, Leto, Evandro Reis, Bastos Farias, Valter diagramador, Jorge Lobato, Adelma Irineu, Nicolau de Castro, Julião motorista, Lourdinha Dantas e tantos outros que já se foram, mas que os tenho em minhas memórias, como Tarcísio Cartaxo, professor Tejo e Ivan Sodré (o lord do JP, como assim era tratado carinhosamente).


Mas isso foi nas décadas de 80 e de 90. Tempos bons, daqueles que a gente não esquece e se enche de lágrimas quando relembramos situações vividass no dia a dia. Os encontros de pautas, os resultados do nosso trabalho no dia seguinte com o jornal nas bancas, a conversa jogada fora nos intervalos, os olhares enviesados na repórter novata que chegara e causara espanto a todos por sua formosura e inteligência.

Não é bem sobre isso que quero falar. Reminiscências são boas e servem de parâmetro para constatar que estamos vivos e que amamos a vida.

Fiz questão de voltar ao passado apenas para me situar, na verdade, no tempo presente.

Quinta-feira da Semana Santa. Como faço todos os dias, vou ao centro da cidade pegar os jornais do dia e fazer a minha leitura habitual, coisa de jornalista que não consegue se desgrudar da informação, quer seja ela verdade ou não ... No que me interessa, sempre faço aquele leitura dinâmica nos três periódicos – Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba e Diário da Borborema.

A manchete do dia de praticamente todos os jornais daquela Quinta Santa: Veneziano decide ficar na Prefeitura, mas disse que vai se engajar na campanha do Governador José Maranhão.

Só que o “meu” velho Jornal da Paraíba decidiu ser diferente de todos quando tratou da decisão de Veneziano permanecer prefeito ao invés de concorrer a algum mandato nas eleições deste ano.

Na observação do JP, Veneziano rejeitou ser vice de Maranhão e até disse que as expectativas do Governador estavam sendo frustradas diante do que chamou de negação do “Cabeludo”. Só faltou dizer que Maranhão foi traído por Veneziano em plena Semana Santa. Não disse isso, mas deixou bem claro nas entrelinhas da reportagem.

Praticamente todos os colunistas do jornal prosseguem nesse mesmo diapasão: comentários sugerindo um racha entre Veneziano e Maranhão.

Pura maldade jornalística com interesses bem definidos.

Sejamos sinceros: Veneziano não rejeitou ser vice de José Maranhão coisa nenhuma. Rejeição é uma palavra muito forte. Nos dicionários da vida, rejeição significa repulsa, reprovação.

Rejeição é mais cabível ao que vem passando o Senador Cícero Lucena, que mesmo sendo do PSDB e presidente do partido, é rejeitado pelo grupo do Senhor Cássio publicamente. Mas isso não foi dito nenhuma vez pelos que fazem o Sistema Paraíba de Comunicação, por razões que a própria razão desconhece...

Em nome do bom jornalismo que sempre pratiquei quando fui repórter do Jornal da Paraíba, conclamo que a verdade seja restabelecida e o nome rejeição seja excluído das matérias relacionadas à permanência de Veneziano na Prefeitura de Campina Grande. O leitor irá agradecer bastante e passar a confiar mais no jornalismo que é feito pelo jornal.

Diga-me com quem andas...
O Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto (o Dom Tucano de Batina, como era conhecido no Ceará), e que quer proibir padres de serem candidatos nas próximas eleições, disse que quem compra voto ou vota em corrupto, vota na morte. Por falar no assunto, lembrei-me deste ditado popular: Diga-me com quem andas, que te direi quem és... Tudo a ver...

O sem projeto
Tenho dó daquele suplente que, pelo fato de não ter projeto nenhum para Campina, se agarra a mentiras e calúnias. É bom o cidadão saber que ele não possui mais imunidade parlamentar. Soube que vai ter que provar na Justiça por suas leviandades. Bem feito!