quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Embargos no caminho...

O recurso votado e aprovado pelo TSE em favor de Cássio Cunha Lima foi tão rápido igualmente ao que o cassou recentemente. A festança foi grande em Campina Grande na noite desta quinta-feira, 27. As bandeiras amarelas foram ressuscitadas e até as músicas ecoadas por Capilé ganharam as ruas. Até parecia comemoração de final de Copa do Mundo ou coisa que o valha.

A comemoração é um fato normal. Na verdade, uma resposta aos maranhistas que também foram às ruas comemorar a cassação do Governador pelo mesmo TSE.

A decisão do Supremo Tribunal pode até ser uma ducha fria nas pretensões do Senador José Maranhão, mas a decisão final será tomada nos próximos dias. Tão logo o acórdão seja publicado no Diário da Justiça, os advogados do ainda governador Cássio têm três dias para apresentar os embargos declaratórios no próprio TSE.

Mas o que danado são esses embargos que passaram a fazer parte do nosso cotidiano? Pois bem, o uso dos embargos de declaração na Justiça Eleitoral vem previsto no art. 275, do Código Eleitoral.

Os incisos do referido artigo dizem que são admissíveis embargos de declaração em duas situações: quando há no acórdão obscuridade, dúvida ou contradição e quando for omitido ponto sobre o qual deva pronunciar-se o Tribunal.
Diz ainda que os embargos serão opostos dentro de 3 (três) dias da data da publicação do acórdão, em petição dirigida ao Relator (no caso ao Ministro Eros Grau), na qual será indicado o ponto obscuro, duvidoso, contraditório ou omissão.
Eu fico a imaginar que ponto obscuro, duvidoso, contraditório ou omissão será apresentado pelos advogados do Governador Cássio na declaração de embargos a ser apresentada na próxima semana, considerando que o Tribunal o condenou pelo placar elástico de sete a zero

Embora em Justiça tudo se renove numa velocidade tão incrível que não vejo, à luz do Direito, como o ainda Governador consiga sair dessa encruzilhada. É uma missão muito difícil.

O inciso 2º da mesma Lei diz o Relator porá os embargos em mesa para julgamento, na primeira sessão seguinte, proferindo seu voto. Já o inciso 3º diz que vencido o Relator, outro será designado para lavrar o acórdão.

Pelo que enxergo na Lei, é tudo uma questão de tempo, que pode se resolver antes do dia 20 próximo, (quando o TSE entra em recesso). O velho tempo resolve tudo, até mesmo as coisas inimagináveis...

Protelação
Pelo que acompanhei na votação desta quinta no TSE, dificilmente o Ministro Eros Grau vai entender que há alguma obscuridade na decisão histórica que cassou o Governador Cássio. O relatório do Ministro foi contundente e não deixou nenhuma dúvida para os demais Ministros que a campanha de 2006, aqui na Paraíba, foi desequilibrada por conta do uso indevido de programa social.

O caso de Rondônia
Para ilustrar o caso da Paraíba, vejamos o que aconteceu em Rondônia. No último dia 18, o Tribunal Regional Eleitoral daquele Estado negou os embargos declaratórios apresentados pelo governador Ivo Cassol. Ele alegava que o acórdão que determinou a cassação de seu mandato era omisso e que a decisão foi baseada em deduções não escoradas em provas.

O relator dos embargos foi o juiz Élcio Arruda, que não vislumbrou qualquer omissão na decisão embargada. A Corte decidiu, por unanimidade, que não existe no acórdão embargado obscuridade, contradição ou omissão, nos termos do voto do relator. Da mesma forma, os embargos foram julgados protelatórios.

A melhora da morte
Na opinião do jornalista Dagoberto Pontes, que apresenta programa na Rádio Borborema, o caso do Governador Cássio é típico de um paciente moribundo, que tem a chamada “melhora da morte” antes de deixar essa vida para uma outra.

Ainda para o jornalista, foi melhor para o Senador o TSE conceder a cautelar, direito que qualquer político teria no TSE. “Já imaginou se essa decisão tivesse que ser tomada com Maranhão no Governo? Seria muito ruim para Zé Maranhão que ficaria sem o posto de Senador”, esclareceu Dagoberto.

domingo, 23 de novembro de 2008

Pobre e do PSDB

É mesmo incrível como os políticos agem e usam a imprensa para levar ao grande público informações que não correspondem com a realidade dos fatos. Vejamos o caso Cássio Cunha Lima, que está numa situação delicada após ter a cassação originária no TRE-PB ser confirmada pelo TSE.

Em entrevista na Paraíba, Cássio acusou o Correio da Paraíba de ter sido o autor da denúncia que teria levado milhares de pessoas à FAC e pegarem um dos famosos cheques (foram 35 mil apenas).

Cássio batizou o Correio da Paraíba de “Jornal do PMDB” e foi mais além. Acusou o dono do Sistema Correio, Roberto Cavalcanti, de agir assim apenas para ocupar uma vaga de Senador (Roberto é Suplente de José Maranhão, que deve assumir o Governo nos próximos dias).

Já em entrevista à imprensa ao eixo Sudeste, o ainda Governador Cássio dá uma versão incrível. Eu não esperava por essa. Disse que foi cassado porque governava um estado pobre e pelo fato de ser do PSDB, partido que não é aliado do presidente Lula, que é do PT.

Pelo amor de Deus, que desculpa mais surrealista. Ora, o próprio Governador tem sido um dos grandes defensores do Presidente Lula aqui na Paraíba e o próprio Presidente, quando esteve em outubro em Mossoró (RN), citou o Governo da Paraíba como um dos estados que tem recebido verbas federais, mesmo seu governante sendo do PSDB.

E tem mais, a imprensa do Sudeste bem que poderia ter sido informada que Cássio ainda foi cassado uma segunda vez pelo TRE da Paraíba e que outros processos poderão entrar em pauta oportunamente.

Portanto, essa história de dizer que foi cassado porque é de um estado pobre e por ser tucano é uma lástima. Bem que o nosso Governador poderia encerrar seu mandado sem essa.

Maranhão na mira
Cássio também usa os meios de comunicação que ainda tem acesso, principalmente os da Paraíba, para prestar informações equivocadas sobre os processos no TSE contra o Senador José Maranhão. O Governador lamenta que o TSE não tenha julgado processos de Maranhão do ano de 2002.

Os processos contra Maranhão
Os casos Cássio e Maranhão no TSE não totalmente distintos. Enquanto o de Cássio teve a cassação confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, os de Zé Maranhão foram rejeitados pela Corte paraibana. Pelo que se pode observar, o Governador está mesmo num mato sem cachorro e tenta, sem sucesso, trazer ao grande público, numa versão hitleriana, uma verdade que não existe.

Duro golpe?
Em entrevista, Cássio disse que “a soberania do voto popular sofreu um duro golpe”. Em minha opinião, duro golpe mesmo foi o que aconteceu em 64, quando muitos tiveram seus direitos políticos cassados ilegitimamente.

Nada de jornalismo
Um repórter da 101 FM de João Pessoa, durante entrevista coletiva do Governador Cássio, foi indelicado quando sugeriu a Cássio que conclamasse as mais de 1 milhão de pessoas que nele votaram em 2006 a irem às ruas em protesto pela cassação. Pelo menos desta vez, Cássio foi sensato ao dizer que não iria insuflar o povo a se manifestar contra um Tribunal. E agiria errado se assim tivesse decidido.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Deturpação dos fatos

É incrível como a imprensa paraibana gosta de deturpar os fatos. Estou convicto que isso não acontece de graça. Tudo tem um propósito e um direcionamento. Vejamos o caso do processo FAC (aquela história dos 35 mil cheques distribuídos na campanha eleitoral de 2006) que resultou na cassação do Governador do Estado, Cássio Cunha Lima.

A imprensa, com uma exceção apenas (do Sistema Correio), afirma com todas as letras que o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Brito, teria dito que o vice-governador da Paraíba, José Lacerda, teria quer ser ouvido e o processo retornaria ao TRE-PB.

Um absurdo. Em nenhum momento o presidente do TSE disso isso. Quem quiser conferir a entrevista na íntegra basta entrar no seguinte link: Carlos Ayres Brito disse à reportagem do jornal O Globo que processos.

O ministro foi entrevistado pelo jornal O Globo, quando, em dado momento, o jornalista perguntou exatamente o seguinte: “Como o senhor explica essa demora no julgamento de processos de impugnação de sete governadores?

E o ministro respondeu: “Essa demora se deu em grande parte a um acidente de percurso processual. No meio do caminho, o tribunal entendeu que os vice-governadores deveriam ser também ouvidos. Estabelecemos uma nova jurisprudência sobre casos como estes. Isso fez com que os processos voltassem para os tribunais de origem”.

Como vimos, o ministro refere-se a processos específicos. Cada caso é um caso. Claro que o processo pode até retornar ao estado da Paraíba, mas, convenhamos, são casos muito distintos e que podem muito bem ser observados até mesmo por quem está se iniciando no Direito.

O ministro faz referências ao processo de Santa Catarina, que não teve realmente a participação do vice-governador. No caso da Paraíba José Lacerda foi ouvido sim no processo, de acordo com o parecer dado no dia 6 de maio de 2008 pelo vice-procurador geral eleitoral, Francisco Xavier Pinheiro Filho.

Depois do parecer conclusivo sobre o recurso ordinário 1497, ele voltou a se pronunciar nos autos para opinar sobre o pedido do vice-governador José Lacerda Neto de extinção do feito, alegando que não foi ouvido no curso da ação. O parecer afirma que o pedido formulado por José Lacerda não merecia ser acolhido.

Segundo o procurador Francisco Pinheiro, na qualidade de vice-governador, ele passou a compor a relação processual por sua própria iniciativa.“Uma vez admitido na lide como assistente, José Lacerda Neto passou a praticar no processo todos os atos, apresentando provas e interpondo recursos, e em nenhum momento se insurgiu contra a decisão, que transitou livremente em julgado”, detalhou o parecer.

E para finalizar esse assunto, quem quiser acompanhar detalhadamente o parecer do procurador regional eleitoral sobre o caso FAC, basta acessar aqui o seguinte link: http://www.prpb.mpf.gov.br/docs/parecer-fac.pdf

Cadê a Associação?
Fiquei pasmo, como sempre, quando liguei para ouvir Cássio no programa semanal do Governador do Estado, pago com nosso dinheiro. Pensei que iria se ater aos assuntos administrativos, mas soltou novamente a sua metralhadora giratória. Criticou Cícero e Efraim, seus aliados e depois batizou o Correio da Paraíba de “Jornal do PMDB”. Ora, que coisa hein? Agredir veiculo de comunicação em um horário oficial? Jamais testemunhei algo parecido. Coisas de ditadura governamental. Agora é só aguardar que a Associação que defende os interesses das emissoras de rádio, presidida pelo Senhor Eduardo Carlos, publique nota de repúdio contra o Governador. Fico no aguardo e cobrarei mais tarde.

A ‘nossa’ miséria de cada dia
Em entrevista, no meio da semana, à TV Record News, a cantora paraibana Elba Ramalho foi de uma indelicadeza ao extremo ao citar a Paraíba apenas como celeiro de gente miserável e de pobreza. A ‘nossa’ Elba em nenhum momento teceu elogios ao seu berço. Apenas disse que aprendeu muito com a miséria do Estado. O resto da entrevista foi só louvação a São Paulo e à elite cultural que detém no pico da mídia alguns portentosos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eleição na CDL

Enquanto a mídia comprometida divulga que o empresário Hilton Motta Filho, mais conhecido como ‘Tito Motta’ é o candidato sacramentado de toda a diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande para as eleições que acontecem neste mês, tive a informação que nem todos concordam com o nome imposto pelo atual presidente da entidade, José Artur “Bolinha”.

Um outro nome ganha a preferência dos chamados sócios-efetivos da nem tanta mais aguerrida CDL de outros carnavais. Trata-se de Pedro Jorge Figueiredo, proprietário da Ótica Versailles e que tem participado efetivamente de todas as reuniões de diretoria da Câmara Lojista nos últimos anos.

A fonte insuspeita revela-me que não há nada contra o nome de Tito Motta, mas o problema é que o bem sucedido empresário não teria DNA com a CDL. Tito, pelo que me revelou a mesma fonte, sempre foi um ausente de todas as discussões da entidade classista e quase sempre tem estado fora da cidade, tratando dos negócios das suas empresas.

O nome de Tito foi lançado na última reunião de diretoria, num encontro que serviu ainda para que vários diretores lamentassem o fato do atual dirigente da CDL ter inserido a entidade na sucessão municipal, expondo a preferência pelo candidato Rômulo Gouveia. Bolinha foi até preso distribuindo material de propaganda de Rômulo, no dia da eleição.

Pelo que fiquei sabendo, Pedro Jorge, homem cordato, avesso a polêmicas e aos holofotes da mídia, não se lançou candidato, mas tem demonstrado a amigos o desejo de presidir a entidade máxima do lojismo campinense.

Antigo diretor da CDL me disse que se a eleição acontecesse hoje, Pedro Jorge ganharia de folga do candidato de Bolinha. Pesa contra Tito Motta, em que pese o forte sobrenome, o fato dele ter estreitas ligações com o nefasto mundo da política partidária, o que não tem incomodado o atual presidente, que preside partido na cidade, além de ter apoiado abertamente os candidatos tucanos ao Palácio da Redenção e ao Palácio do Bispo.

Lamentavelmente, a gestão de Bolinha trilhou pelos caminhos que jamais a entidade se permitiu adentrar – o da política partidária. A CDL, historicamente, sempre defendeu Campina Grande sem se posicionar politicamente, embora vários dos seus diretores tenham até ligações empresariais e afetivas com o grupo que ainda detém o poder político no Estado, no caso Cunha Lima.

Há quem garanta que o processo eleitoral na CDL deva ter mesmo chapa única, mas muitos irão votar a contragosto, por considerarem o candidato apresentado por Bolinha muito longe dos reais propósitos da entidade. Uma coisa é certa, a CDL de Campina Grande, fundada em 1966, por homens que dignificam a vida lojista da cidade, como o estimado amigo José Augusto de Almeida e continuada com esmero por empresários da estirpe de um Carlos Noujaim Habib, Zouraide Silveira, Álvaro Barros (in memoriam), Júlio Santos, dentre tantos outros, já não é mais a mesma. E caminha, até que me provem o contrário, para entrar para a história recente, como uma entidade voltada apenas para atender interesses pessoais e de grupos políticos.

Será castigo?
Após declarar que nem Deus derrotaria a candidatura de Rômulo Gouveia em Campina, o Governador Cássio parece que está sendo castigado de novo. Um dos processos que cassou o seu mandato, o da FAC, vai ser finalmente julgado pelo TSE. O Titanic está mesmo à deriva...

Maldição
A maré não está muito mansa para o grupo Cunha Lima. Parece que a praga jogada pelo Padre Dom Júlio Paiva vai se concretizando. Além do risco de cassação do mandato, a segunda turma, do Tribunal Regional Federal, da 5ª Região, confirmou a indisponibilidade dos bens do Senador Cícero Lucena (aliado do Governador), que está atolado até o pescoço em processos que estão sepultando de vez o ex-prefeito da Capital da vida política paraibana.

Nada a ver
A não ser pelos exageros, o programa comandado por Giovanni Meirelles, na TV Arapuan, que retransmite a Rede TV, tem tudo para dar certo. Nesta quarta-feira, 12, o entrevistado foi o secretário de Estado, Cassiano Pereira, que foi perguntado sobre como ele analisava um suposto afastamento entre os prefeitos Veneziano Vital e Ricardo Coutinho. Cassiano nem é aliado de Veneziano e nem de Ricardo. Pergunta totalmente impertinente.

Figueiras e espinheiros

O pastor Alexandre Ximenes renovou, durante culto evangélico pela Vitória de Veneziano (dia 11), um assunto que foi muito criticado pelos cassistas durante a campanha eleitoral passada, justamente pelo fato do então candidato do PMDB fazer referências a Deus. O Governador foi crítico feroz e disse que Veneziano blasfemava. O pastor disse que Veneziano e Zé Luiz eram figueiras, árvores boas e que esperava que a gestão do ‘cabeludo’ decretasse de vez a falência das árvores ruins na cidade, que ele chamou de espinheiro. Será que o Governador Cássio é o espinheiro falado pelo pastor?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Injustos

É de causar espanto o grau de cumplicidade de algumas entidades de classe com setores que querem a todo custo desestabilizar o Governo Veneziano. Não aceitam de jeito nenhum a derrota por duas vezes. Na mais recente investida, declarações de um presidente de organismo ligado ao comércio dando conta que os comerciantes poderiam suspender pedidos por conta no “atraso” no pagamento dos salários dos servidores. É muito estranha essa posição do suspeito presidente da Associação. O próprio secretário de Finanças, Vanderlei Medeiros, garante que até segunda-feira, dia 10, tudo está equacionado e quer a Prefeitura vai honrar com novembro, dezembro e o 13º até o final do ano. Portanto, não há instabilidade, mas um imenso desejo dos que almejam que essa administração naufrague. Nos meus quase 30 anos de jornalismo, nunca vi tamanha perseguição a um gestor municipal. Lembro-me como se ontem fosse. Quando Cássio era prefeito, tais entidades faziam questão de publicar nota na imprensa e também em seus espaços, parabenizando o então prefeito apenas porque conseguiu quitar a tabela de pagamento. E naquele tempo, era em forma de abono e não era honrada em um dia, mas esticava-se por vários dias. Na gestão Veneziano, foi introduzido o calendário anual, os servidores ainda têm a certeza que o desconto patronal é realmente transferido para o Ipsem. Apenas publico uma realidade que é verdadeira e que poucos não querem enxergar porque integram uma casta que se dá muito bem com o poder...E como se dá bem!

A guerra continua
Acessei o Youtube e analisei aquele vídeo com denúncias contra o Centro de Zoonoses de Campina Grande. Pelo que pode ser facilmente constatado, não se trata de um vídeo, mas uma montagem feita em computador com fotografias que podem ter sido tiradas em qualquer lugar. Armação de quem não aceita e nem vai aceitar nunca a derrota nas urnas.

Demissão no ar
O radialista Aguinaldo Miguel foi corajoso ao extremo. Até bem pouco tempo era repórter policial do programa Jornal de Verdade, na Rádio Cidade AM, comandado pelo competente amigo Juarez Amaral. Num certo dia, Aguinaldo estava preparado para entrar no ar, mas ficou na espera por uns 3 minutos já que Polion Araújo, outro apresentador, lia torpedos de ouvintes – uns elogiando a vitória de Veneziano e outros caçoando do Governador Cássio por ter perdido para o “Cabeludo” em seu terreiro. Então chegou a hora de Aguinaldo entrar no ar e ele, sem fazer de rogado, criticou a leitura dos tais e-mails e disse que Juarez e Polion, com tantos anos de rádio, não deveriam perder tempo com baboseiras.

Demissão no ar II
Juarez não gostou de colocação de Aguinaldo e disse que enquanto ele continuasse sendo âncora do programa, os ouvintes iriam continuar tendo respeito e que os torpedos seriam lidos sim. O radialista deu prosseguimento ao seu flash policial, mas ao final despediu-se do público, afirmando que seria a sua última participação no Jornal de Verdade. Juarez ficou sem entender e perguntou a Polion o que Aguinaldo teria dito. Na verdade, ele pediu demissão no ar. E Juarez teria dito, então rua. Pelo que soube, Aguinaldo Miguel já trabalha na nova Rádio Cariri, no jornal da manhã que é apresentado por Josusmar Barbosa, Joacil Oliveira e o gigante Romildo Nascimento. Essa vai entrar para a história do nosso rádio. Sem dúvida.

Filosofia e política
É interessante como o período pós-eleições a filosofia é suscitada como pretexto para justificar derrotas. Nesta semana acompanhei a explicação de uma professora da UFCG, publicada em um site da cidade. Segundo ela, o que vimos nas últimas eleições foi o coroamento da espetacularização da política e da personificação dos personagens políticos. O que vimos, conforme ela, foi à encenação e a teatralização do poder.

Filosofia e política II
Para ela, Veneziano se apresentou como um popstar, o homem charmoso, narcísico e que se sustenta, principalmente, em nome de sua beleza, dotes físicos e poder de sedução.

Músicas na campanha
Mais à frente, a professora responsabiliza as duas coligações pelas músicas engraçadas que vimos durante a campanha, como se tivesse sido pela primeira vez que tivesse acontecido em uma campanha política. Em outras épocas, a professora deve saber, os candidatos sempre foram motivo de ironia por parte dos opositores. Isso aconteceu na época de Jânio Quadros, de JK, aqui em Campina, nos acirrados embates período Severino Cabral – o pé de chumbo, e tantos outros. Não é coisa inventada agora, mas apenas mais sofisticada em face aos novos processos de informática.

Viva a democracia
E não concordo de jeito nenhum com a colocação da professora quando disse que Campina ficou menos democrática nessas eleições e que quem na verdade venceu as eleições foi o espetáculo da política. Entendo que os acirramentos no último pleito dividiram a cidade apenas em relação aos votos. A campanha passou, a cidade é uma só e boa parte da população, cerca de 80% aprova a administração de Veneziano. Essa história dita pelo Governador Cássio e endossada pela professora de que Veneziano dividiu Campina entre o bem e o mal é desculpa de quem não tem argumentos fortes para justificar uma derrota que desequilibrou definitiva e historicamente o reino Cunha Lima na cidade. É a verdade!

O óbvio
Em nenhum momento constatei um Veneziano exibindo dotes físicos para conquistar eleitores ou eleitoras, como insinuou a professora. É claro que a boa aparência, em um processo eleitoral que acontece em um País pouco politizado, também acaba sendo favorável. Foi assim na época Cássio, quando as mulheres, lembro bem, o chamavam de ‘Cássio Coisa Linda”. Se isso somou votos pró-Cássio, acho que nem a vã filosofia saber responder.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Veneziano tem razão

Que me perdoe o deputado federal Rômulo Gouveia, mas não colou aquela justificativa de não repassar recursos das suas emendas para a Prefeitura de Campina Grande porque não confia na atual administração.

Nos tempos de hoje, não se concebe que um parlamentar, representante do povo e que tem propósitos de administrar a cidade, tenha em seu currículo um gesto tão pequeno. A cidade é muito maior que os interesses pessoais e não pode ser prejudicada por causa de aspirações de grupos.

Nesta terça-feira, 04, analisei algumas emendas direcionadas para Campina (sic) pelo deputado: para a APAE, para a Escola Técnica Redentorista, para o Hospital Escola da FAP, para a Fundação de Olhos da Paraíba e para a Universidade Estadual da Paraíba construir sua Biblioteca.

Só? É muito pouco. Afinal de contas, essas unidades hospitalares, pelo serviço que prestam à comunidade, já têm direito a essas verbas. O deputado, nesse caso, apenas serviu de “ponte” para que os valores entrassem de direito no Orçamento Geral da União. São as chamadas “verbas carimbadas”.

Quando o deputado decidiu (ou decidiram?) direcionar os recursos das suas emendas para essas unidades, esqueceu que a Prefeitura tem um grande compromisso com a sociedade e não apenas com os mais de 100 mil eleitores conquistados por Veneziano. O “Cabeludo” governa para vermelhos e amarelos.

O prefeito Veneziano não fez um levantamento por bairro, procurando saber quem votou ou deixou de votar nele em 2004. Não há um só bairro que não exista uma ação da atual administração. E não adiante os frouxos, que não têm coragem de mandar e-mail com o nome verdadeiro, me enviarem mensagens agressivas. Campina está bem melhor com Veneziano. Moro nessa cidade há 40 anos e não testemunhei, nos tempos de Cunha Lima, ações efetivas para o progresso da cidade. Vi muitas maquetes eletrônicas para enganar o povo, mídia demais e festas (muitas), que é o forte deles. A velha política do pão e circo. Menos pão, muito mais circo, é claro!

Sensação
A coluna do colega Marcos Marinho é a sensação do momento no site A Palavra. Agrada a uns e desagrada a tantos outros. Fazer jornalismo não é nada fácil, principalmente quando os interesses se conflitam.

Conversa boa

A TV Paraíba entrou ao vivo nessa terça-feira no último dia da prestação de contas dos candidatos ao último pleito. Vi pela TV que, enquanto o repórter dava as informações do prédio da Justiça Eleitoral, o vereador Pimentel Filho (Líder do Governo na Câmara) e João Dantas (líder da oposição) conversavam animadamente. Será que falavam amenidades ou sobre política?
O PT cresceu
Importante registrar a coluna escrita por Vladimir Chaves (foto), no site http://www.politicadaparaiba.com.br/, no qual aborda com muita propriedade o papel do Partido dos Trabalhadores nos últimos processos eleitorais. Confira abaixo alguns levantamentos feitos pelo petista e que mostram que o PT, em sua opinião, fez a diferença para derrotar o grupo Cunha Lima na cidade e para eleger Veneziano duas vezes.

Sobre 2004
Sobre o pleito de 2004, Vladimir fez a seguinte observação: “Em 2004, o Partido dos Trabalhadores, foi decisivo na eleição em segundo turno do prefeito Veneziano Vital do Rêgo. Assim como foi decisivo para vitória do Grupo Cunha Lima em 2000, o PT foi decisivo para sua derrota em 2004. Na proporcional mesmo o partido administrando a cidade, ocupando as principais secretarias, foram apresentadas 15 candidaturas a vereador, alcançando 19.792 votos. Os despercebidos podem até achar que o partido dobrou sua votação, mas se levarmos em conta que entre esses 15, haviam os enxertos promovidos pela ex-prefeita Cozete Barbosa, (Bruno Gaudêncio, Perón Japiassú, Idevaldo Batista e Nildo) que juntos somaram 9.131 votos. Resultado: o partido mesmo com a prefeitura, conseguiu eleger apenas dois vereadores, deste (Paulo de Tarso) abandonou a legenda em seguida. Não podendo ser desconsiderado que dos 15 candidatos, além de Paulo de Tarso, mais oito ex-candidatos saíram do partido em seguida. Só permanecendo os petistas autênticos (abre-se ai uma exceção para Antonio Pereira)”.

E em 2008?
Vladmir enxerga que o PT foi importante graças a participação do Presidente Lula no guia: “Agora em 2008, o PT voltou a fazer a diferença na majoritária, tendo em vista que o candidato apoiado pelo partido foi para o segundo turno com uma diferença de pouco mais de 2000 votos. Levando-se em conta o tempo de guia para majoritária, a militância petista, a participação do presidente Lula e os votos obtidos na proporcional, não restam duvidas de que o PT fez a diferença”.

Na proporcional
Vladimir Chaves analisa os votos conquistados na proporcional, fazendo o seguinte relato: “Quanto à proporcional, o partido manteve a media de votos dos últimos pleitos obtendo 7.952 votos, ao meu vê um desempenho superior aos últimos pleitos, se considerarmos as adversidades deste pleito (no que pese o partido só ter alcançado a primeira suplência). Já que na disputa de 2008 o partido apresentou apenas 10 candidatos, destes apenas dois com experiências em disputa eleitoral (Perón e Eurivaldo) os demais todos novatos em disputa e sem recursos financeiros, contando apenas com a militância do partido. O PT fez a diferença na majoritária, querendo ou não em 2000, 2004 e 2008. Manteve a média de votos na proporcional em 2000, 2004 e 2008. O grande derrotado mesmo foram os que estiveram do lado oposto do PT, inclusive os dissidentes. Que venha 2010”, finalizou. Concordo com o companheiro. O resto é dor de cotovelo mesmo!

Contramão da história
Aquela emissora de rádio acostumada a dar o mesmo nebulizador para conhecida senhora da periferia, ainda não divulgou que Veneziano foi reeleito Prefeito de Campina Grande. Continuarei cobrando.

Coisa feia
E por falar na tal emissora, que coisa feia fez aquele repórter (sic) na campanha eleitoral. A todo instante comparando Veneziano com Fernando Collor. São políticos distintos. De igual mesmo, cada um a seu tempo, só a juventude. Distintos em ações e práticas administrativas.

Espelho, espelho meu...
O nosso Governador merece definitivamente o troféu “Óleo de Peroba” de 2008. Dizer que Veneziano venceu por causa da compra de votos, parece brincadeira. Concordo com Veneziano: o ínclito Governador disse isso se olhando no espelho. Só pode ter sido.