O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal anunciaram que vão traçar o mapa da corrupção eleitoral na Paraíba para coibir aliciamento de eleitores nas disputas municipais deste ano. A informação foi divulgada pelo procurador regional eleitoral, José Guilherme Ferraz.
Em Campina Grande será muito fácil fiscalizar os passos da corrupção eleitoral. E eu dou uma dica: já cobri na condição de jornalista algumas eleições e sei muito bem como funciona a senhora corrupção eleitoral.
Ela está arraigada diariamente em gabinetes com ar-condicionado, tidos como órgãos sérios; o eleitor encontra de tudo um pouco nesses gabinetes: dinheiro vivo, cheque, cimento, óculos, remédios, ordens para “renovações de taxas”, dentre outros mimos.
E não precisa ir muito longe para encontrar essa tal de corrupção eleitoral não. Ela não age às escondidas. Está a todo instante se movimentando muito bem em plena luz do dia, sem medo de ser feliz.
Nem precisa contratar Sherlock Holmes para achá-la. A senhora corrupção eleitoral tem nome sim. Veste-se muito bem; anda de carro oficial, pousa de boa moça e jura que tem amor por Campina. Amor de fachada é claro.
Antes que eu me esqueça, a corrupção eleitoral costuma se fazer de vítima – usa meios de comunicação a serviço para dizer que vai dar um tempo e jurar que em época de campanha política respeita o bem público. Tudo mentira!
Para os senhores do Ministério Público e da Polícia Federal fica mais uma dica; um delegado da Polícia Federal campinense, na campanha de 2006, foi afastado das funções porque disse na imprensa que a atenção da PF tinha que ser redobrada porque a cidade era curral eleitoral de terminado candidato à época e vocês sabem muito bem de quem estou falando. E nessa campanha, esse mesmo rapaz vai estar em Campina, certamente com as intenções sabidas de todos nós e que merece a vigilância das autoridades constituídas. Ele é capaz de comprar o voto até do capeta para ganhar essa eleição.
No mais, dizer que o mapa da corrupção eleitoral em Campina Grande já é de conhecimento público. Está muito presente em consultórios médicos ligados a determinadas figuras políticas; acompanha geralmente lideranças comunitárias nas peregrinações pelos bairros; em emissoras de rádio utilizadas para este fim; em ditos escritórios; agirá na véspera da eleição, em residências até bem próximas de unidades militares; dizem que a dinheirama a ser espalhada pela pelas ruas da cidade vai ser a Maior do Mundo e que pode até ser jogada de helicóptero na calada da noite. Vocês duvidam? Eu não, até porque dinheiro já voou pela janela de edifício em João Pessoa um dia antes da eleição de 2006. Vocês se lembram disso?
Caso queiram encontrar mesmo a dita cuja corrupção eleitoral de frente vou dar mais uma dica: Campina Grande tem apenas dois grupos que brigam pelo status quo eleitoral – um deles conhece muito o mapa dessa infeliz praga, até porque foi vítima recente dessa ação danosa ao bom equilíbrio da democracia.
É bom demais...
Ninguém nada disse a respeito, mas me sinto na obrigação de comentar a recente viagem do Governador Cássio ao Rio de Janeiro. A imprensa divulgou que Cássio teve encontro com o ex-Senador Ney Suassuna para discutir política partidária. Um dia antes, pelo que soube, assistiu a partida de futebol entre Fluminense e LDU. A pergunta que se faz – a viagem foi patrocinada pelo Governo do Estado ou com recursos próprios do bolso do nosso Governador?
Sorte danada
No último sorteio dos prêmios do IPTU 2008, o empresário do ramo de combustível, Roberto Cunha Lima ganhou uma TV de Plasma da Prefeitura de Campina Grande. Roberto é tio do Governador Cássio Cunha Lima. Ele pagou a quota única do imposto antecipadamemte e ficou apto ao sorteio. Pois é, a água só corre para o mar mesmo...
Rádio Clube
A Rádio Borborema já está sendo chamada de Clube, por orientação dos Associados. Fica a pergunta: qualquer pessoa ou grupo poderá registrar o nome de Rádio Borborema e faturar com isso?
Na rua
Os jornalistas Apolinário Pimentel e Antônio Ribeiro cumprem Aviso Prévio e deixam o jornal Diário da Borborema no final deste mês. Ninguém fala no assunto na redação do DB, mas contam histórias estranhas sobre as demissões. Algo a ser investigado pela Associação Campinense de Imprensa.
A piada da semana eu escolho essa:
‘Não vou parar o governo para fazer campanha’, diz Cássio
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