segunda-feira, 20 de abril de 2009

Artistas e fantasmas

É mesmo de estarrecer a forma como o grupo Cunha Lima dava prioridade à utilização do serviço público no comando do Governo do Estado. Em conversas que tive com o secretário de Interiorização, jornalista Assis Costa, descobri ilicitudes de causar espanto mesmo a quem já está acostumado a acompanhar os descalabros pela mídia.

O mais grave está concentrado no nosso Hospital Regional de Urgência e Emergência Dom Luis Gonzaga Fernandes. Uma tal folha de pagamento de ‘fantasmas’ está sendo levantada minuciosamente.

Já tomei conhecimento de vários nomes, pessoas públicas e que jamais pensava que necessitasse de verba pública para sobreviver os sustentar seus arautos ou a parentada.

Um é da classe artística, daqueles bem elétrico, apaixonado pelo grupo, embora sua carreira não tenha passado das cercanias dos bairros da Liberdade e de José Pinheiro. O outro também é artista, dos bons, nem precisa (acho que não) da dinheirama pública.

Pela folha de pagamento, que variava de R$ 500 a R$ 10 mil, dependendo do que o beneficiário tinha a oferecer ao grupo, trata-se de uma Vergonha Nacional. Certamente Boris Casoy diria, temos que passar esse Brasil a limpo.

A bomba ainda vai estourar no momento certo. Creio que não vai ser durante os festejos juninos. Ainda há muito que investigar. Os advogados do Governo do Estado, pelo que soube, estão a cruzar informações e analisando que recursos foram utilizados para esses fins.

Concordo com o colega Assis Costa: se Cássio não tivesse sido cassado, a estrutura montada por seu grupo de oferecimento de benesses ao ‘povo” (deles), seria para se manter no poder por muito tempo. Pelo menos teriam votos certos nas urnas, independente de realização de campanha. Eita País de fatos absurdos...

A famosa FAC
Assis Costa revelou que somente na Secretaria de Interiorização havia mais de 300 servidores – afora os postos à disposição – dos quais 80% não trabalhavam. "Quem mais trabalhava era o pessoal da FAC com 80 assistentes sociais, 18 veículos e a Ciranda de Serviço para fazer política dia e noite para o então governador", revelou o secretário.

Boi gordo na educação
Na 3ª Região de Ensino havia gente com quatro contracheques que não se dava nem ao trabalho de ir buscá-los no setor onde deveriam prestar serviços: "Iam diretamente ao banco pegar os vencimentos. Desse tipo, somente em cinco escolas de Campina Grande havia 172 que não trabalhavam, nunca foram ao local de trabalho nem eram conhecidos por lá", frisou.

A farra era grande
O secretário revelou também que, embora o Hospital de Urgência e Emergência de Campina Grande seja capaz de funcionar com 450 funcionários, o Governo passado colocou quase 1,5 mil servidores, dos quais mais de 600 recebendo gratificações sem ter que comparecer ao local de trabalho.

Locação até de camas?
Assis também revelou que foi montada uma estrutura aparentemente destinada a beneficiar alguém com locação de equipamentos pertencentes ao poder público. Até os equipamentos do Hospital foram locados. "Montaram uma estrutura de criar vantagem não se sabe pra quem e aí houve um desmonte do hospital". A informação dá conta que até as camas dos doentes eram locadas. Que absurdo amigos!

Comparação pertinente
Comparar a cassação de Jackson Lago, do Maranhão, com o da Paraíba é mesmo pertinente. Tanto lá como cá, na ótica dos Tribunais Regionais Eleitorais, dos Ministérios Públicos e do Tribunal Superior Eleitoral, os dois governadores agiram com conduta vedada durante as eleições. E essa de ficar dizendo que Maranhão e Roseana governaram por decisão de 7 Ministros é muito questionável. São sete Ministros, alguns deles do STF, instâncias superiores e que gozam do maior prestígio no mundo jurídico brasileiro. É o direito que cada um tem de estrebuchar e nada mais.

Pai Pequeno
Para encerrar, o amigo jornalista Gil Campos, que atua em Guarulhos-SP, vem sendo objeto de polêmica aqui na terrinha porque amigos seus juram que ele agora é Pai de Santo. Gil diz que não. Diz que se trata de um encontro espiritual do qual seu pai (já falecido) fazia parte. De qualquer forma, no meu blog publico algumas fotografias da prostação de Gil, digo melhor Pai Pequeno, como sacerdote. Gil atuou em Campina por várias décadas, passando pelo rádio e pelo jornal impresso. Independente da sua opção religiosa é um dos melhores amigos que tenho. O importante é acreditar na vida e ter Jesus como Salvador. Valeu amigo!

















2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Josué: entre os fantasmas do hospital regional encontra-se a petista (sic) Rosario Cardoso, aquela que um grupo de petistas denunciou, mas que o partido preferiu fazer de contas de que não era verdade.

Pedro Freire Filho disse...

Eu fico estarrecido com essa situação. Mais estarrecido ainda vou ficar ao saber que não deu em nada. O dinheiro do povo foi torrado ao bel prazer do governante e as autoridades competentes do judiciário e TCE nada fizeram. Nos Estados Unidos o governante e os seus beneficiários estariam todos na cadeia. É por isso que esse país não é sério...