Fazer
jornalismo é procurar os problemas e apontá-los com a boa intenção de quem está
procurando melhorias constantes para a população, e não buscando forjar uma
manchete venal.
O jornalismo é uma profissão desapaixonada, despida de ilusões e otimismos baratos, o jornalista é um pessimista e os principais critérios de noticiabilidade são os desvios, as rupturas, os problemas, a alteração da ordem. É a máxima que aprendemos: um cão morder um homem não é notícia, um homem morder um cão é notícia. O que está bem e normal é digno de pouca nota.
O fato de um avião chegar ordinariamente ao seu destino não é digno de notícia, mas se ele cair, aí sim, haverá frenesi nas redações, nas bancas e no Ibope.
Reporto-me a esse trecho do artigo publicado originalmente em www.observatoriodaimprensa.com.br/ - para analisar, sem paixão, as insinuações ditas por colegas de imprensa de que “Campina padece com fim melancólico de Governo”, referindo-se obviamente ao término da gestão do prefeito Veneziano.
Tenho
acompanhado diariamente as notas publicadas em sites e em programas de rádio
que louvam o grupo Cunha Lima.
Numa
dessas colunas – é dito que Veneziano tem um fim melancólico.
E
cita alguns problemas pontuais da atual administração. Garante que a Vila
Olímpica Plínio Lemos – a que foi prometida como Centro Gregário pelo grupo
Cunha Lima, estaria depredada e abandonada. Estive no local e vi que vândalos
agiram no prédio após o final de um campeonato de futebol de pelada.
Cita
ainda a Vila do Artesão – outra obra importante da gestão Veneziano e que
abriga dezenas de artesãos que nunca tiveram um espaço como aquele para a
comercialização dos seus produtos. A Vila, conforme o articulista, estaria sem
segurança. Qual o problema nisso? Caos?
Há
ainda menção sobre a Guarda Municipal, que foi resgatada na gestão Veneziano
mediante concurso público e que continua atuando em prédios públicos.
Até
mesmo a reforma do Açude Velho, que ganhou nova iluminação e calçada de
qualidade, está sendo criticada pelos jornalistas de oposição. Como não
encontraram o que criticar na obra do Açude, dizem que alguém pode cair no local e morrer afogado com a diminuição dos assentos próximos ao espelho d'água. Um absurdo sem precedentes.
É
deplorável o jornalismo que aqui se faz. É como se Veneziano tivesse sido um
desastre para Campina.
E
isso ele não foi mesmo.
Claro
que observamos a prática de um jornalismo vingativo.
Os
que sobrevivem do poder não engolem Veneziano de jeito nenhum. Eles não
esperavam por um Veneziano no calo deles. E tudo começou em 2004, quando um
jovem cabeludo de oposição, conseguiu derrotar o mesmo grupo – liderado por um
Governador de Estado, o presidente da Assembleia Legislativa e o então
presidente da Câmara Municipal.
Afinal
de contas, foram mais de 20 anos de poder, agregando-se nesse contexto uma
mídia que faturou muito nessas duas décadas e interesses escusos na contratação
de pessoal sem concurso público.
O
componente político fala mais alto nas ponderações feitas por ditos jornalistas
imparciais. E tudo isso com olhos voltados para 2014, pelo fato do nome de
Veneziano ser o mais forte na “Bolsa de Apostas”. Alguém duvida disso?
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