terça-feira, 7 de abril de 2009

Em defesa de Cássio

Alguns podem até se surpreender com o comentário da coluna, mas saio em defesa de Cássio Cunha Lima, que teve o mandato cassado pelo TRE-PB e depois confirmado pelo TSE por duas vezes. Não vejo nenhum problema no fato do ex-governador esticar suas férias forçadas até os Estados Unidos da América de Barack Obama. Afinal de contas, o inglês é língua preponderante na vida concorrida de hoje. Ninguém consegue avançar profissionalmente se não dominar pelo menos dois idiomas. É fato!

E a situação do ex-menino Cássio é delicada. Já passou dos 40 faz tempo. E no Brasil, vocês sabem bem, conseguir um emprego sendo quarentão é tarefa desumana e inglória, principalmente para que não é dotado de bons antecedentes.

Cássio está no caminho certo. Tem que jogar a política no lixo mesmo. Dedicou sua vida inteira ao mundo político. E, passados 40 anos, o peso do velho tempo machuca a alma e corrói os sentimentos mais íntimos.

Alguns andam criticando o ex-governador. Dizem que ele está fugindo para o Exterior atendendo recomendações de advogados. É que Cássio responde processos na Justiça Comum e na Justiça Eleitoral no STF e, segundo os analistas, teria medo de passar pelo dissabor vivido pelo colega do PSDB, o Senador Cícero Lucena, que chegou a ser preso pela Polícia Federal na chamada Operação Confraria. Advogados teriam aconselhado o ex-governador a permanecer uns tempos longe do Brasil – já que não detém mais cargo público e, sendo civil como nós pobres mortais, corre riscos diversos...

Especula-se que o ex, que é formado em Direito, iria aproveitar o tempo para se aprodundar nas ciências jurídicas e ele mesmo fazer a sua defesa nos processos que correm na Justiça.

Não há como dimensionar qual a verdade por trás disso tudo, mas convenhamos que a Paraíba clama (sic) por um político poliglota, que domine muitas línguas, boa aparência, com cara de menino, tipo galã de novela da Globo. Estou com Cássio, pra que fazer inglês no CCAA ou no Yazigi? Deixa isso pra nós pobres aqui de Campina Grande. Também vou me matricular num desses cursos (com um amigo meu lá no Zepa), pois já passei também dos 40 e o futuro é incerto.
Vai Cássio, segue teu destino e manda um abraço para Obama por mim.

A re (volta)
“É melhor conter a revolta, contar os dias e esperar a volta”. Eis a frase mais proferida pelo ex-governador depois que saiu do exílio pós-cassação pelo TSE. Tomara que a Re (volta) não seja armada e não revivamos mais episódios desagradáveis e que só mancham a nossa tão amada Paraíba no cenário nacional. A paz é possível, mesmo na guerra!

Corta o ponto de Ricardo
Interessantes os comentários postados em vários sites sobre assuntos variados. Um dos mais pertinentes foi a de camila (camilaatriz@hotmail.com), sobre as viagens do prefeito Ricardo Coutinho por várias cidades paraibanas recentemente. Ele disse a um Portal de João Pessoa: “Para ganhar uma GSE, um professor tem que trabalhar dobrado. a GSE é metade do salário. Vergonha. Para ganhar GSE de 1.000.00, algumas pessoas só têm que conhecer vereadores, né prefeito? Por falar em prefeito, o salário do senhor Ricardo coração de dragão, deve vir descontado com os dias que ele abandona a prefeitura para fazer campanha em outras cidades. Certo prefeito?”

Zé Mané não
Recebi alguns e-mails de pessoas revoltadas porque disse na coluna anterior que o prefeito Coutinho não tinha nada de bobo, apesar da cara de Zé Mané. O absurdo é que as pessoas pegam tudo ao pé da letra. Disse apenas que o prefeito da nossa bela Capital tem um aspecto pouco comum aos políticos impostos pela mídia e engolidos pelo povo menos esclarecido: resumindo, Ricardo não tem a beleza plástica como alguns que a gente conhece muito bem e disso se aproveita para ludibriar as pessoas. Não atingi a sua honra e nem questionei a sua capacidade de administrar. No meu conceito, é um dos melhores prefeitos do Estado, competindo a par e passo com Veneziano, Nabor Vanderlei, Jota Júnior, dentre outros.

Gravador de DVD
Quero responder um outro e-mail discordando do que disse sobre a importância de um Departamento de Jornalismo possuir computador com gravador de DVD. Mantenho minha convicção, já que esse equipamento é útil para a formação de banco de dados de fotografias, vídeo, áudio, etc. Os tempos modernos exigem isso!

Ressurreição
Na Semana Santa, diversos políticos que haviam sumido como que por encanto, ressurgem das cinzas. Um deles é o deputado federal Wellington Roberto. Ele disse que Cássio foi bode expiatório no caso da cassação pelo TSE, pelo fato de ter sido o primeiro a ser julgado. A gente é obrigado a ouvir cada uma dos políticos...

Par e passo
Recebi de anônimo crítica porque escrevi "par e passo" em comentário desta coluna , e, segundo ele, está incorreto e ridículo. Gostaria de dizer ao ilustre leitor e amigo que está correto o que foi colocado no tópico "Zé Mané não". Vejamos então:

A locução adverbial pari passu quer dizer "em passo igual", que algo é levado no mesmo passo, no mesmo andar ou ritmo. Um bom exemplo atual é este que encontrei num texto sobre história da educação:

"Os programas das escolas primárias acompanharam a par e passo as transformações da Escola Normal".

E ainda: frase do grande escritor José de Alencar: "Renasce a mãe no filho, volve à puerícia, para simultaneamente com ele, a par e passo, de novo percorrer a mocidade e a existência."

Observem o que diz o site Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, no endereço - http://ciberduvidas.sapo.pt/index.php

"A expressão a par e passo efetivamente existe e tem sentido. Esta expressão e outra semelhante (de par e passo) provêm, como diz, do latim 'pari passu' (com igual passo). Estas expressões foram e são utilizadas, quer no discurso oral quer no texto escrito, e aparecem registadas nomeadamente na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Significam «ao mesmo tempo», «simultaneamente», «juntamente».

Feito o reparo, agradeço, sem problema algum, ao comentário posto pelo leitor.

2 comentários:

Anônimo disse...

A expressão correta - e que deriva do velho e bom Latim -, é "pari passu" e não "par e passo", como equivocadamente grafado na sua coluna, desta terça-feira. Faço o registro em nome do que ainda de respeito pelo vernáculo, lembrando que, o melhor, sempre, é seguir o sábio conselho de Carlos Drummond de Andrade: Na dúvida, prefira o mais simples. Ou seja, antes simples do que ridículo.

Anônimo disse...

Concordo com o editor da coluna quando diz que é necessário o aprendizado de outros idiomas no mundo globalizada em que vivemos. É interessante aprender outros idiomas para melhor interpretar outras culturas, interagir no conhecimento e inovar através de uma ampla visão de mundo.

É triste ver nossa pequena Paraíba se destruir por causa de mentalidades arcaicas, cheias de ódio e de inveja, onde só predomina o jogo político de grupos. Jornalistas, formados ou não, comprometidos até o pescoço com as tetas da União, se iludem jogando para o povo uma versão dos fatos altamente tendenciosa e limitada.

Esquecem que não falam a língua do povo, inventam um idioma quinzenal - à moda da casa - e se divertem com a desgraça provocada por sua estupidez.

Caríssimo Josué, julgue os fatos e não as pessoas. Não regozije ao citar que determinado candidato "manipula" setores da mídia, quando parte do grupo que você integra já coopta os Associados e ilude o povo com a Tv do PMDB. Assuma seu partido, seu cargo e deixei de querer se mostrar imparcial.

Sua língua parace ser cortada ao meio, fala o idioma do oportunismo e a da vigarice.

Marcos Paulo - Campina Grande