Concordo com o colega Helder Moura, no caso
de Campina Grande, o passado contagia o futuro.
Refiro-me ao pedido feito por três juízes
eleitorais para que as tropas federais acompanhem o processo eleitoral em
Campina Grande.
Considero um exagero, embora admita que a briga
pelo poder em Campina sempre tem sido além da conta, com excessos, notadamente
da militância política.
O episódio mais grave na cidade, em tempos de
política, aconteceu em julho de 1950 e ficou conhecido como a “Chacina da Praça
da Bandeira”.
Conta o site Retalhos Históricos de Campina
Grande que naquele ano, Campina receberia figuras ilustres da política local
para inauguração do sutuoso novo prédio dos Correios e Telégrafos (o atual), em
plena campanha eleitoral, em um showmício com palanque montado na Praça da
Bandeira.
Tudo começou ainda à luz do dia, quando
entusiastas e correligionários da UDN (União Democrática Nacional), liderados
por Argemiro de Figueiredo iniciaram uma passeata pelas ruas campinenses, à
partir da entrada da cidade, em Santa Terezinha.
A marcha coletiva percorreu à partir da Av.
Paulo de Frontin várias ruas até a Praça da Bandeira, local onde se realizara
uma das maiores concentrações políticas de Campina Grande, em toda sua
História.
O fato peculiar fora o fechamento do evento
político com a apresentação de vários artistas da música, popular, consagrados
nacionalmente, como Emilinha Borba, Luiz Gonzaga, conceituados artistas da
áurea Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Como não poderia ser diferente, ao final do
espetáculo, a multidão dispersa aglomera-se em pequenos grupos ao longo do
epicentro da festa, encontrando pelo caminho grupos políticos rivais que se
reuniam em outros pequenos grupos que já demonstravam clima de confronto.
Estes pequenos grupos de pressão assumiram o tom de
provocação e formaram, expontaneamente, um novo movimento que percorreu as ruas
centrais da cidade, em forma de passeata, onde apenas as vozes ardorosas dos
entusiastas deram força aos partícipes.
Após circular estas vias, o movimento retornou à
Praça da Bandeira onde, os líderes da passeata invadiram o palanque montado
para o comício da oposição, ainda decorado com os motivos Udeenistas. Diante de
tamanho atrevimento, começaram os discursos fervorosos onde, não muito tempo
depois, inicia-se a desordem, seguida de pancadaria ao som de disparos de armas
de fogo.
Uma pancadaria generalizada se instalou na Praça da
Bandeira, com a participação popular e da polícia militar; em poucos minutos de
contenda fora registrado um saldo de 03 mortos e cerca de 20 feridos graves e
dezenas de feridos com escoriações leves.
As vítimas fatais foram o bancário Rubens de
Souza Costa, espancado por policiais; o mecânico José Ferreira dos Santos; e
Oscar Coutinho, mecânico da empresa pernambucana que instalava os elevadores do
prédio dos Correios.
Acerca de tamanha tragédia testemunhada, o
escritor Josué Silvestre transcreveu o que registrara o advogado Aluísio
Campos, então presidente do PSB local: "Jamais sofri tamanho
desapontamento. Nunca testemunhara facínoras fardados investirem de modo tão
selvagem sobre o povo para matá-lo friamente."
Testemunhas alegaram que policiais fardados
se ajoelhavam e faziam pontaria em direção à multidão.
Nos tempos atuais não há registros de
natureza grave. Apenas casos isolados, de atritos entre simpatizantes de
candidaturas opostas e nada mais.
O Exército, na minha modesta opinião, só
deveria ser convocado para casos extremados ou ações sociais e humanitárias,
como o combate à marginalidade em grandes centros urbanos; construção de
rodovias, combate à endemias, etc.
Vavá Tomé caridoso
O candidato a vereador Vavá Tomé jura que,
caso sela eleito vereador, vai doar todo o seu salário a instituições de
caridade que combatem o câncer. A decisão foi até registrada no 5º Cartório. Só
falta ele vencer!
É importante lembrar que houve um tempo que
vereador não tinha salário. Acho que era um tempo bem melhor, pois os
parlamentares não tinham a política como meio de vida.
Hoje é bem diferente de antigamente. Alguns
se elegem para ter direito apenas a um bom salário que pode chegar a R$ 10 mil,
incluindo gratificações e verbas destinadas a assessorias parlamentares. E se
for amigo do gestor de plantão ou do Governador, aí as benesses são bem
maiores.
Afronta?
A esposa do ex-governador Tarcísio Burity,
senhora Glauce, está reivindicando que o Governo do Estado batize o Centro de
Convenções de João Pessoa com o nome de Burity, por considerar que o Pólo de
Cabo Branco foi iniciado pelo mesmo e não por Ronaldo Cunha Lima – nome sugerido
por Ricardo Coutinho.
Para quem não se lembra, Ronaldo (já
falecido), airou três vezes contra Burity, no conhecido episódio Gulliver.
São resquícios ainda do triste episódio que manchou
a história política paraibana.
Sinceramente, acho que a homenagem a Ronaldo
poderia ter sido relevada pelo Governador, mesmo a obra tendo tido a ação
efetiva de Cássio Cunha Lima quando Governador.
Romero e Tatiana na frente
Se nas pesquisas o quadro é outro, no twitter
o candidato Romero Rodrigues, está na dianteira com 7.818 seguidores, vindo em
seguida Tatiana Medeiros com 4.545 e logo atrás Daniella Ribeiro com 3.650.
Artur Bolinha só tem 1.803 pessoas lhe seguindo. Pode ser um termômetro para
avaliar posições de cada um no cenário político?
Até a próxima amigos!
Um comentário:
Blog do jornalista Josué Cardoso é profeta da Internet. Posta as melhores informações. Informações independentes e verdadeiras de Campina Grande, a mais importante cidade do interior do Nordeste. Cidade do melhor São João do mundo. Cidade onde nasceram Ronaldo e Cássio Cunha, dois dos mais importantes políticos paraibanos de todos os tempos. Mensagem solidária do Blog do Professor Tim - timraimundo.blogspot.com
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